segunda-feira, 17 de junho de 2013

MÚSICA ALTERA O SISTEMA NERVOSO DO CORPO HUMANO


Que sons misteriosos seriam tais acordes que provocam tanta alteração no sistema nervoso humano (quiçá animal)?Por que o estado emocional varia de acordo com a música que se ouve? Como seria mecanicamente operado este subjetivo processo catalisador, tanto para o lado bom, quanto para o negativo? 

Segundo estudiosos do assunto, a música é capaz de suscitar a reconstrução das vias neuronais perdidas e auxiliar na dilatação dos limites da mente humana. Talvez, por isso mesmo, a música seria o instrumento, ou o canal ideal para se conseguir uma mentalização, meditação ou introspecção? Os acordes, suaves, gerados pela boa música poderiam, assim, reverberar paz e quietude, permitindo a sintonia perfeita de mente e corpo.

Todos os que possuem um mínimo de sensibilidade ficam tocados quando ouvem uma melodia antiga, ou que foi ouvida em um determinado momento de sua vida, seja alegre ou triste. Vem à tona o mesmo panorama físico e emocional vivido na época. Então, será que através das propriedades da ressonância as ondas sonoras interferem no ritmo das ondas mentais, alterando-as?

Por outro lado, sabe-se que a música já serviu a propósitos diferentes. Exemplo: os povos primitivos a adotavam como estímulo à luta, momento em que a produção de adrenalina e endorfina aumentava, o que lhes imprimia um frenético ritmo cardíaco, acirrando os ânimos para o combate. Contrariamente, surgiu a musicoterapia que passou a ser uma alternativa  para o relaxamento e a obtenção do equilíbrio.

Em essência,  a música seria o conjunto de tons vibratórios que formam oitavas de diferentes entonações e, ao mesmo tempo, um fluxo de energia atuando sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático.

Por sua vez, as glândulas (esses misteriosos e mágicos grânulos que se espalhan em nosso corpo e que já abordei neste website) se fortificam ou enfraquecem ao som de uma  música que lhe "transmite" uma gama de  sensações distintas, tais como, amor, raiva, alegria, tristeza, medo, e outros sentimentos tipicamente humanos.

A música, ah, esta misteriosa madame que se entranha pelos nossos ouvidos e penetra em nossa alma e, por isso mesmo, poderia ser considerada como uma forma de manifestação mística ou religiosa, fazendo o papel de um instrumento de medição cujo propósito seria compreender alguns fenômenos provenientes do mundo mental.

À medida que o senso de harmonia da pessoa vai se depurando em virtude das emanações sutis advindas da música, seu senso de imaginação, de criatividade e de percepção, sintonizam-na com o Universo, origem da chamada “música das esferas ou divina" para os místicos e filósofos.

Portanto, este poderia ser o canal para a formação moral e espiritual do ser humano. Um meio para transcender-se a outros domínios, ou a outras dimensões do éter. É isto que torna a música um dos mistérios que o Homem mais admira e venera.

Até os animais e os vegetais se curvam ao captá-la, porque eles devem detectar a sua essência cósmica. Assim, além de influenciar o ser vivo, o ambiente também muda de acordo com o estilo musical, ou seja, as vibrações se impregnam no local, mudando suas características.

Salmos e cânticos ajudaram a compor as passagens sagradas contidas na Bíblia e em outros Livros Sagrados. Serviram para acompanhar os rituais e para todas os cultos e celebrações da vida. Os gêneros musicais caracterizaram as várias gerações da história da humanidade marcando os seus diversos eventos.

Assim, a evolução social prossegue de acordo com o ritmo musical de cada época, paralelamente às mudanças da mentalidade. E os compositores prosseguem incessantemente na sua cósmica ação de mostrar ao mundo o doce sabor da música que acalenta e inspira. Subjetiva, ou não, o importante é satisfazer aos ouvidos humanos.

No que tange aos números (outro assunto posto à baila neste espaço cibernético) a composição musical não seria nada mais do que perfeitos e infinitos arranjos matemáticos que são escalas que contam com combinações que nunca acabam!

A música, enfim, atiça a imaginação e inspira surgindo a criação mental. Ela é, pois, a emoção no seu mais puro sentido!
 

marcorelho.br.tripod.com 

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