sábado, 1 de maio de 2010

ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE NAS EMPRESAS

Após anos de pesquisas, um psicólogo pesquisador, chegou a conclusão que, quem cuida do corpo, mente e espirito, tem uma vida mais saudável e mais feliz.

Se você, de alguma forma duvida disso, saiba que 91% dos grandes, líderes e chefes, segundo a revista Fortune, aprenderam a ter ética, respeito e valores morais.

A espiritualidade que esteve durante muito tempo restrita, somente a religiões, agora tem congressos, cursos e livros abordando o tema, e melhor, longe dos templos e das igrejas, mas com certeza mais perto do coração das pessoas.

Hoje a globalização abala as fundações das certezas milenares criando um admirável novo mundo que está reorganizando os espaços espirituais e esse mundo moderno, com suas incertezas e problemas, faz com que empresários e gerentes sintam a angústia do mundo que está nascendo e muitos estão buscando na espiritualidade, um caminho de equilíbrio, pois estão descobrindo que para estas transformações serem positivas, elas devem vir de dentro de cada um, naquele lugar em que nasce a fé na vida e no humanidade.

Por isso, cada vez mais os líderes nas empresas estão descobrindo que trabalhar a espiritualidade, é estudar paradigmas da vida e encontrar novas respostas para as perguntas do dia-a-dia empresarial.

Sabe-se que mesmo por distâncias incomensuráveis do universo, estamos conectados a tudo e todos e sendo assim somos responsáveis por nós e pelo outros em nossa volta, pois tudo está conectado numa cadeia que responde de forma boa ou ruim de acordo com nossas ações.

E nas últimas décadas, apesar de todos os avanços que o homem conseguiu, de suas façanhas tecnológicas e até a descoberta de outros mundos, o ser humano deixou de lado o mais importante, amar o próximo como a si mesmo.

O estudo da espiritualidade, nos ajuda a compreender, entender e respeitar o outro. Nela aprendemos, amar, respeitar, hierarquia, autoritarismo, questionar ideias e não pessoas. Esse questionamento, deve despertar novas ideias e agregar, melhorias ao ambiente de trabalho.

Para os empresários, a espiritualidade, visa um planejamento estratégico, um intercâmbio de informações, ou seja, valores morais, hábitos, missão, contribui para uma mudança de valores, pois a ignorância é a causa principal da pobreza, pois a fusão do técnico com o eclético, torna uma integração individual e social e igualitária.

Valores morais, éticos, solidariedade, compaixão, são conceitos corretos e qde pessoas com atitudes, atitudes elas positivas, que não estão somente ligados a religião, contudo temos que aprender um conceito espiritual para assim, melhorarmos a nós mesmos e a sociedade na qual vivemos.

Não vamos catequisar o trabalhador em alguma religião específica do dono da empresa e sim, mostrar valores universais vindos de todas as religiões. É uma questão mais universal e naõ religiosa. Nessa base, analisamos o mundo de um lado espiritualista, principalmente quando tratamos de ética e bom senso.

Ao pensarmos desta forma, aprendemos que não é necessário ter espaços para meditação, orações etc, aprende-se que ações sustentáveis socialmente e espiritualmente são boas para o desenvolvimento das capacidades renovadoras nas empresas.

Não basta criar incentivos financeiro, hoje as pessoas para serem motivadas dentro da empresa, devem ir laém de simplesmente vender produtos e serviços, os funcionáriso devem se sentir parte de algo maior, até porque os consumidores também estão exigindo uma nova maneira de lidar com os produtos e empresas, hoje a compra é influenciada pela valorização da missão e os objetivos empresariais, na hora de adquirir algo, o consumidor não vê somente o preço mas como a empresa lida com os funcionários e também com o planeta.

Sei que parece um discurso utópico, mas várias empresas estão implantando uma gestão que trabalha a espiritualidade e mudando aforma de pensar o seu negócio. Isso acontece não só no Brasil, mas em todo mundo, isso levará a surgir uma nova safra de empresas e ONG´s.

Hoje a força da mudança está nas empresas, que sabendo lapidar esta capacidade, em prol dos seus funcionários, das populações e por meio de ações sociais, cria um conjunto de valores poderosos e transformadores.   www.revistasextosentido.net/

ESPIRITUALIDADE CHEGA NAS EMPRESAS

A espiritualidade, que sempre esteve mais restrita às religiões, está hoje penetrando campos inesperados. Quando poderíamos imaginar que empresários e executivos buscassem ajuda em atividades tão diferenciadas, dentre as quais estivesse a espiritualidade? Quando poderíamos imaginar que um dia pudessem ser realizados congressos com a presença deste tema? Ficamos admirados com sua emergência e imaginamos que isto tenha acontecido de repente.

Sem que pudéssemos esperar, a espiritualidade nos surpreende ao surgir como uma espécie de tábua salvadora para nossas angústias atuais. É o que parece, mas a espiritualidade vem sendo semeada há muito, inclusive por homens de ciência.

Segundo o físico Fritjof Capra, um dos artigos de Einstein criou a mecânica quântica e com ela emergiram paradoxos que abalaram os físicos da época. Descortinou-se um mundo novo, provocando reflexões como esta do físico Werner Heisenberg: "será este mundo tão absurdo como nós está provando nossas pesquisas?". Esta expressão deveu-se a mudanças como esta expressada pelo físico Niels Bohr: "as partículas materiais isoladas são abstrações, e suas propriedades são definíveis e observáveis somente através de sua interação com outros sistemas".

Semelhantemente aos físicos, talvez a globalização nos esteja ajudando a descobrir um mundo novo dentro das organizações. A tensão atual tem feito com que empresários e seus gerenciadores permaneçam abertos a qualquer possibilidade de ajuda. A angústia tem sido muito intensa. Não se pode perder oportunidades e a espiritualidade parece mostrar-se como um caminho adequado. Contudo, não há possibilidade das organizações colherem os expressivos frutos resultantes da espiritualidade, se empresários e seus gerenciadores não estiverem verdadeiramente envolvidos com seus propósitos. "Se qualquer organização quiser sobreviver, terá que promover radicais transformações em si mesma. Estas não se referem a estrutura, mas sim aos valores, essencialmente, aos valores do coração e da alma", diz Judi Neal, professora de gerenciamento da Universidade de New Haven.

Portanto, compreender a espiritualidade significa questionar paradigmas usuais, ver uma realidade diferente daquela de costume, encontrar formas menos sofridas de convivência, entender nossa interdependência e necessidade de ajuda mútua.

Essas questões ficam veladas pela aparência das coisas, mas nas organizações tornam-se mais visíveis na medida em que nos perguntamos: "quais são as marcas da evolução das organizações inclusive empresariais? Não nos é exigido grande esforço para perceber que uma dessas marcas é a fragmentação: foco técnico de um lado e foco humano do outro, departamentos organizadamente separados, cada indivíduo na sua posição hierárquica, realizando a específica função para a qual se especializou. Isto significa que traçamos limites divisórios, mas "o resultado de tal violência, apesar de ser conhecido por muitos outros nomes, é simplesmente infelicidade", diz o bioquímico Ken Wilber. Traçar limites significa dar origem a antagonismos, inventar batalhas, fomentar competições, criar inimigos. As divisões podem até ser úteis como referenciais, mas quando as transformamos em verdades, temos como conseqüência o fomento das atitudes defensivas, as quais tendem a imobilizar uma empresa. A energia humana que poderia ser integralmente utilizada na produtividade, é desviada para a defensividade, porque, competição significa ameaça e quem se sente ameaçado se defende.

Não há separações como nos demonstram o físico Albert Einstein: "um ser humano (...) concebe a si mesmo, (...) como algo separado de todo resto, uma ilusão de ótica de sua consciência...", o filósofo e matemático Alfred North Whitehead: a "comunidade das realidades do mundo significa que cada acontecimento é fator na natureza de todos os outros..." e os mestres taoístas Sen Tsan: "... a Verdadeira Mente não é dividida, quando nos pedem uma identificação direta, só podemos dizer: Não-Dois", Lao Tsé: "Com o barro o oleiro faz o vaso, mas este só ganha significado pelo seu vazio interior. Assim são as coisas físicas, parecem o principal, mas o valor está na metafísica". Podemos perceber claramente uma convergência entre físicos e místicos, definindo uma identificação entre espiritualidade e unidade universal.

Como partes inseparáveis do universo, não somos apenas responsáveis por nós, mas por tudo o que nos cerca e por tudo o que fazemos. Por mais paradoxal que pareça, temos que aprender a cuidar de nós mesmos na medida em que cuidamos dos outros. Pode-se pensar: "como posso não estar separado, se não sinto a dor que o outro sente?" Isto é tão somente uma verdade aparente, pois ampliando nosso nível de consciência, sentiremos a dor como o outro a sente, da mesma forma que a mãe sente em relação ao filho. Um exemplo marcante está na relação entre Mao Tsé Tung e Dalai Lama. Mao invadiu o Tibete, destruiu a quase totalidade de seus templos e exterminou inúmeros tibetanos. Quando de sua morte, perguntaram ao Dalai Lama: "e agora que Mao morreu o que o Sr. tem a dizer?" O Dalai Lama respondeu: "é mais uma alma para a qual eu tenho que rezar". Para os Lamas tibetanos, o chinês não é um povo cruel, mas tão somente ignorante, ou seja, não sabem o que ainda estão fazendo. Contudo, os chineses obrigaram os tibetanos a espalhar a mensagem que visa transformar o planeta num paraíso semelhante àquele em que viviam

Fragmentar significa perder. Por exemplo, ao separar o foco técnico do foco humano, valoriza-se um em detrimento do outro, pois somente assim pode-se escolhe. Toma-se o escolhido e joga-se fora o outro, despreza-se o que há de interessante no foco descartado. Por considerarem ingênuas as abordagens que baseiam-se no foco humano, mesmo porque, lidar com o humano exige um preparo que empresários e gerenciadores negam-se a alcançar, optam pelo foco técnico e perde-se o potencial contido dentro do humano.

Wilber nos diz: "a consciência da unidade é o verdadeiro território sem limites". Cristo nos deixou: "a fim de que todos sejam um; como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós" (João 17:21). É preciso repensar as idéias fragmentadoras da realidade ou Cristo e Wilber está completamente errados.

São fatos que indicam que espiritualidade significa caminhar em direção à integração, à união, à unidade universal. Qual a possibilidade de começarmos a refletir sobre a ajuda que a espiritualidade pode fornecer às organizações, inclusive empresariais? Precisamos entender que a espiritualidade configura-se como um caminho que nos ajuda a desenvolver a consciência de estar neste mundo de um modo responsável. Ser responsável por si mesmo significa ser responsável também pelos outros. Para tornar possível o alcance da consciência deste fato, é preciso libertar a própria essência. Está na essência de cada um o maior potencial de contribuição à disposição da sociedade, um bem deveras precioso para ser jogado fora como temos feito desde a revolução industrial. A espiritualidade pode ajudar-nos a assumir nossas responsabilidades perante a vida em todos os sentidos, dos quais a responsabilidade profissional é apenas uma.    http://www.guiarh.com.br/