domingo, 28 de março de 2010

CONTRATADOS PELO Q.I. DEMITIDOS PELO Q.E.

Até pouco tempo atrás, as considerações a respeito do Q.I. (quociente intelectual) das pessoas nos levou a crença de que o sucesso de nossas conquistas estava prioritariamente ligado à nossa qualificação acadêmica. Eram vistos como gênio e fadados ao sucesso aqueles que gabaritavam testes e tinham agilidade de raciocínio.

Diante dessa afirmação, por muito tempo admitimos que esse fosse o grande propósito da vida: promover a capacitação técnica, pois os mais inteligentes tornar-se-iam os principais agentes de mudança no universo corporativo. Mesmo na atualidade, quando das entrevistas de emprego, ainda é comum que aspectos como conhecimento técnico e experiência na função sejam os principais requisitos no processos de contratação profissional.

Com o passar do tempo, estudos a respeito da excelência humana, comprovaram que as pessoas com Q.I. excepcional não eram, obrigatoriamente, bem-sucedidas profissionalmente. Enquanto outras com QI Moderado, mas dotadas de determinadas competências emocionais sobressaíam-se em suas carreiras. Aspectos como empatia, autogestão, proatividade e flexibilidade passaram a pautar a condição de bem-sucedido no mercado de trabalho.

São recorrentes as queixas de empresários sobre seus colaboradores, dada a dificuldade de se relacionarem em equipe. Ouve-se muito a respeito de centralização, reatividade a críticas e postura defensiva nas empresas.

Na prática, constata-se que as empresas, cada vez mais, tentam munir-se de recursos que possibilitem antever características relacionadas ao perfil sociopsicológico de seus colaboradores e evitar contratações indevidas. Inclusive, um dos papéis do RH é buscar suporte através dos testes de aferição de perfil, que traga luz às questões referentes ao padrão comportamental e temperamento de seus futuros colaboradores.

É sabido que a contratação de um profissional desprovido de ética, respeito mútuo e disposição para atuar em conjunto pode comprometer o clima no ambiente de trabalho e provocar sérios problemas à equipe e por consequência à empresa. E não é comum ver um candidato fazer mea culpa na entrevista e confessar que não gosta de trabalhar em equipe, não digere bem críticas e muito menos alguma repreensão sobre sua conduta na empresa.

Dada a dificuldade de manter um convívio saudável nos ambientes de trabalho, são cada vez mais recorrentes casos sobre assédio moral e justa causa nas empresas, decorrentes de problemas de ordem emocional. Portanto é essencial aprender a controlar a ansiedade e impulsividade. O fato de trabalharmos expostos e sob pressão, além de muitas vezes termos de interagir com pessoas, aparentemente, tão diferentes de nós, ao longo do tempo, propicia uma animosidade por vezes desconhecidas até mesmo de nós próprios.

Independente de termos ou não razão, somos avaliados o tempo inteiro pela ótica de outras pessoas, que nem sempre comungam das nossas ideias e opiniões. Nos ajuda ter consciência de que, assim como nós, os outros também têm suas limitações, e antes de assumirmos uma postura expressa de oposição àqueles com quem trabalhamos, é preferível, em alguns casos, procurar uma oportunidade de trabalho em outro local antes de macularmos nossa reputação e credibilidade profissional.

Certo ditado fala que “não somos o que dizemos, mas o que fazemos”. Fato esse que nos leva a refletir sobre como nossas atitudes influenciam na formação da nossa imagem, pois somos constantemente avaliados por nossas ações e reações e através delas é que as pessoas formam e expressam opiniões a nosso respeito.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

Nesse contexto a única forma de nos permite conquistar a confiança de nossos colegas e chefias e certa estabilidade na empresa e pensar duas vezes antes de agir, tendo conhecimento de que, a despeito de nossas habilidades acadêmicas, são nossas decisões e forma como interagimos nas nossas relações interpessoais que pautarão o sucesso ou fracasso das nossas conquistas profissionais.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem. E somente a criação de um diferencial pelo desenvolvimento das habilidades emocionais nos distanciará do estigma de sermos contratados pelo Q.I. (Quociente Intelectual) e demitidos pelo Q.E. (Inteligência Emocional). Revista Época Negócios

A FÉ QUE MOVE EMPRESAS


A apoteose científica, tecnológica e virtual dos tempos modernos está provocando o surgimento de uma nova corporação dentro das corporações. Em vez de estimular o estresse, tenta-se eliminá-lo. Em vez de promover a competitividade do porteiro ao executivo número 1, procura-se dar conforto e segurança a todos. Em vez de exigir criatividade com o chicote, cria-se clima para que as pessoas encontrem, em paz, a inspiração. Um paraíso? Bem perto disso. Onda passageira ou não, algumas empresas estão recorrendo à religião - seja ela qual for - para levantar o astral cada vez mais combalido de seus empregados.

Bem acima da linha do Equador, muda o fuso horário, mas o "fenômeno espiritualista" ganha a megalomania americana. Nos Estados Unidos, meca das manias coletivas, a religião chega ao mundo financeiro, fazendo proliferar os fundos mútuos baseados na fé para atender a investidores católicos, islâmicos, luteranos, que evitam investir em indústrias de cigarros, bebidas, jogos e companhias com maus precedentes em relação ao meio ambiente, cujo volume de dinheiro aportado aos portfólios cresceu de US$ 1,2 trilhão para US$ 2 trilhões em um ano. E avança por empresas do porte da Xerox (US$ 400 milhões de faturamento), onde engenheiros durões aderem dia-a-dia aos chamados "eventos espirituais". Um deles reuniu 300 funcionários de todos os níveis durante 24 horas no deserto de New Mexico, "para se comungar com a natureza em busca de inspiração para a construção da primeira impressora-copiadora-fax digital da empresa, sob a liderança do engenheiro-chefe John F. Elter. Resultado da peregrinação: nasceu a Xerox 265DC, 97% reciclável, um sucesso retumbante . Executivos da Ford, Nike e Harley Davidson ficaram tão impressionados que foram a Rochester - sede do design da Xerox - para dar uma olhada no "milagre". Ainda nos Estados Unidos, executivos estão adotando o hábito de se reunir no café da manhã para ouvir conferências espirituais. Em Minneapolis, por exemplo, 150 executivos se reúnem mensalmente para ouvir do chefão da Medtronic In., William George, lições de negócios da Bíblia.

Uma pesquisa recente da McKinsey & Co., da Austrália, mostra que quando as companhias se engajam em projetos espirituais, a produtividade aumenta e o turn over diminui. Os trabalhadores religiosos costumam mergulhar no trabalho. Seria a religiosidade a última moda em vantagem competitiva? Que Jesus Cristo, Maomé e Xangô perdoem a "heresia", mas a resposta é sim. As rezas matinais na sede da Superbom dão resultado. "Não temos casos de brigas ou greves na empresa, todos se respeitam", diz Itamar de Paula Marques. Além dos cultos diários de 15 minutos, onde todos louvam Jesus, ouvem palavras de agradecimento pela vida e fazem pedidos de orientação para o dia de trabalho, todas às sextas-feiras o expediente termina às 13 horas, para a preparação dos fiéis para o sábado, dia sagrado para os adventistas, que começa no pôr do sol de sexta e vai até o pôr do sol de sábado. Com geléias, mel, compotas e sucos produzidos sem conservantes (a embalagem menciona a produção feita de acordo com os preceitos da igreja), a Superbom fatura R$ 15 milhões por ano e, diz seu presidente, nunca, desde 1929, quando surgiu como empresa a partir de uma escola adventista, esteve sob a ameaça de quebrar.

Foi a proteção divina? Fábio Fernandes, diretor de criação e sócio diretor da agência da publicidade F/Nazca, sem dúvida responderia sim. Religioso desde criança, ex-coroinha da Igreja de São Domingos de Gusmão, na Tijuca, no Rio, devoto de Nossa Senhora Aparecida, ele diz com segurança que tudo na sua vida acontece devido a fé. Quando a nova sede da agência foi inaugurada em julho passado, chamou um padre para benzer o lugar. Antes de apresentar uma campanha, pede ajuda a ela e ao Espírito Santo. E anda com um terço no bolso há mais de dez anos. Sua agência tem contas disputadas: Brahma, Skol, Zipnet, Garoto e Telemar. E o faturamento está nas alturas: previsão de R$ 250 milhões neste ano.

Graças à Nossa Senhora Aparecida e, claro, à competência da agência. Sempre é bom lembrar do provérbio russo que diz "reze a Deus mas continue nadando para a praia". É mais ou menos assim que Francisco José Correa Pinto, dono da empresa de decorações e revestimentos Dabila, no Rio de Janeiro, concilia sua religiosidade - ele é membro da Igreja Universal do Reino de Deus - aos negócios. "Não adianta ficar sentado rezando. Tenho que correr atrás", diz. Vai ao culto todos os dias, às 19 horas, e encara as crises como "fases do aprendizado". E garante que a fé é sua grande aliada nas horas de desespero. Correa não faz leituras e nem orações na empresa, ao contrário de Maricy Trussardi, proprietária da Romaria Empreendimentos, católica fervorosa. Duas vezes por ano, durante o horário de expediente, um padre da paróquia de Santo Amaro celebra missa na empresa. Contagiados pela religiosidade da patroa, 60 dos 140 funcionários, todos os dias, antes de sair para o intervalo do almoço, fazem uma oração conjunta ou lêem uma passagem da Bíblia. A Romaria produz 300 mil peças/ano e só Deus - além dos donos - tem acesso ao faturamento.

O fenômeno da religiosidade parece ser um reflexo das mudanças no mundo dos negócios. As pessoas estão trabalhando mais - o equivalente a um mês a mais cada ano, em comparação com uma década atrás. Comem na empresa, fazem ginástica na empresa, namoram e casam na empresa e é ali que sofrem diariamente pressões de todos os tipos, além de conviver com a ameaça do desemprego. Nesse clima perverso, uns se apegam à religião; outros trocam empregos milionários por qualidade de vida, realização pessoal, essas coisas que a maioria sonha e uma minoria realiza. "Mais e mais pessoas buscam o caminho da espiritualidade em busca de ajuda para enfrentar tudo isso", diz um consultor americano que tem como clientes Goldman Sachs, Sun Microsystems e Ford. Dez anos atrás seria impossível imaginar a existência de grupos de oração na multinacional de consultoria Deloitte & Touche. Seria quase ridículo, segundo os padrões da época. Hoje, além da pasta e do laptop, carrega-se a fé para o escritório. Para as empresas, esses programas espirituais não representam apenas um esforço para acabar com o estresse dos empregados, mas sim para liberar a produtividade. O que, para os críticos, é outra fantasia de administração, algo como a onda de soluções japonesas para aumentar a produtividade dos empregados e o lucro dos patrões. Pelo sim pelo não, tudo indica que, nestas alturas, rezar, se não for o melhor remédio contra as pressões, alivia. No mínimo, enquanto você reza estará livre de explodir e falar tudo o que sempre quis e nunca teve coragem, correndo o risco de perder o emprego. O momento não permite essa extravagância.  Revista Isto É DInheiro

ESPIRITUALIDADE NAS EMPRESAS

Todos os dias, quando chega ao trabalho, em São Paulo, o consultor Gutemberg B. de Macedo percorre os quatro cantos do escritório ainda vazio. Em silêncio, reza e pede a Deus que o ajude na missão de orientar executivos na busca de uma recolocação no mercado. No fim do expediente, quando todos já se foram, ele volta a caminhar pela empresa. Agradece por mais um dia e faz um pedido especial: que aqueles talentos que passaram pelo seu programa de outplacement consigam encontrar rapidamente o emprego de que necessitam. "Isso aqui é o meu ministério", diz. "Você não consegue manter o ânimo de um profissional que acabou de ser demitido apenas com teoria gerencial. É preciso oferecer um suporte espiritual às pessoas para que saiam da minha sala melhor do que quando entraram."

Macedo é formado em direito, mas o diploma de que mais se orgulha ter conquistado é o de Master of Divinity, mestrado em teologia concluído em 1971 no Seminário Teológico da Fé, na Filadélfia, Estados Unidos. Ele, no entanto, não faz pregações no dia-a-dia. Sua verdadeira filosofia de vida é agir no trabalho de acordo com os valores que sua religião professa: respeitar as pessoas, contribuir para o desenvolvimento profissional delas, ajudar as que necessitam de apoio. "Aqui não se fala em religião, mas em princípios", afirma. O consultor acredita que seja importante todos os profissionais prestarem atenção no tema. E a razão é simples: as empresas estão cada vez mais buscando gente espiritualizada. É claro que uma sólida formação acadêmica é fundamental, mas para algumas companhias apenas isso já não basta. Elas querem que seus funcionários tenham também preceitos morais sólidos, desejo de servir ao próximo, obstinação em liderar equipes com justiça e vontade de transformar a organização num ambiente agradável e fraterno. Em resumo: querem indivíduos que busquem no trabalho um sentido maior e mais profundo do que simplesmente um meio de sobrevivência.

Para o consultor Alkíndar de Oliveira, diretor executivo da Escola de Líderes, as empresas só têm a ganhar agindo dessa forma. Segundo ele, não há dúvida de que os funcionários espiritualizados são mais produtivos que os outros. Para defender sua tese, ele lembra o resultado da pesquisa feita pelo Laboratório Bell, nos Estados Unidos, citada por Daniel Goleman em seu livro Inteligência Emocional. De acordo com o levantamento, os funcionários mais produtivos não eram os mais inteligentes ou os que possuíam currículos brilhantes, mas aqueles que exibiam maior capacidade de se relacionar com os outros e de não sucumbir a conflitos ou crises. "Essas qualidades tendem a estar presentes nas pessoas mais espiritualizadas", afirma Oliveira.

Falar em espiritualidade dentro das organizações pode parecer absurdo à primeira vista. Afinal, todos dentro de uma organização têm o compromisso de gerar lucro -- e não há nada mais terreno do que isso. Mas, para alguns especialistas no assunto, a questão é que atingir esse objetivo pode ser extremamente mais difícil sem a espiritualização das pessoas. O rabino Nilton Bonder, vai mais longe. Para ele, investir na espiritualidade é uma questão de sobrevivência. Bonder é líder espiritual da Congregação Judaica do Brasil e graduado em engenharia mecânica pela Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Nos últimos anos, tem viajado pelo mundo fazendo palestras em grandes corporações. O curioso é que os convites para esses eventos são quase sempre vagos, pois as organizações não conseguem definir com exatidão o que realmente desejam de um líder espiritual como ele. Mas elas sabem, segundo o rabino, que precisam de ajuda. Sentem que seus funcionários não estão interessados apenas em valores materiais e que buscam um sentido maior para a vida. De uma hora para a outra eles começaram a se questionar: para que, afinal, trabalhar 12 ou até 14 horas por dia? Vale a pena sacrificar a família pela empresa? Aonde essa correria vai levá-los?

É importante ressaltar que a espiritualidade não deve ser encarada como religiosidade, mas como uma ação provocada por ela. Uma das melhores definições é a apresentada por Leonardo Boff  "A espiritualidade não é monopólio das religiões. É uma dimensão de cada ser humano. Essa dimensão espiritual que cada um de nós tem se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo, se traduz no amor, na sensibilidade, na compaixão, na escuta do outro, na responsabilidade e no cuidado como atitude fundamental. É alimentar um sentido profundo de valores pelos quais vale sacrificar tempo, energia e, no limite, a própria vida".

Inúmeras empresas nos Estados Unidos já tratam do tema com naturalidade. Na Service Master Industries, por exemplo, a diretoria definiu, por ordem de importância, seus quatro princípios básicos, e os divulgou por toda a companhia: honrar a Deus em tudo o que fizerem, ajudar as pessoas a se desenvolver, perseguir a excelência e, por último, aumentar a lucratividade. "A companhia americana percebeu que era preciso promover uma inversão de valores", afirma o consultor Alkíndar de Oliveira. "Antes, as empresas colocavam em primeiro lugar os acionistas, depois os clientes e por fim os funcionários. Hoje, elas estão descobrindo que é mais fácil satisfazer acionistas e clientes se os funcionários estiverem em primeiro lugar." É claro que, embora distintas, espiritualidade e religiosidade andam muito próximas -- algumas vezes até de mãos dadas. Na Companhia Energética Santa Elisa, sediada em Sertãozinho, em São Paulo, elas se confundem. A empresa construiu uma capela em suas dependências para realizar missas, batizados e até casamentos. No início e no fim da safra de cana-de-açúcar, um padre percorre as instalações e benze maquinários e funcionários, que também podem recorrer ao atendimento espiritual durante todo o ano. Vários deles participam de grupos de orações dentro da companhia. "Respeitamos todas as religiões e estimulamos as pessoas a ter fé", afirma Rosmary Delboni Ortolan, diretora de recursos humanos. "Só pessoas felizes trabalham bem." 

Na Superbom, tradicional empresa de alimentos, com fábricas em São Paulo e em Santa Catarina, os funcionários se reúnem às 7 horas da manhã diariamente para a leitura de um texto religioso. Durante 15 minutos, no horário de expediente, eles meditam sobre o que acabaram de ouvir. O diretor-geral, Itamar de Paula Marques, está sempre presente. "O resultado é um clima interno muito bom", diz Jair Helfenstens, gerente de recursos humanos. "Há também uma equipe de evangelização que utiliza nossas instalações e oferece apoio espiritual e estudos bíblicos aos interessados." Os funcionários, se desejarem, podem receber a visita desses colegas em casa. A Superbom, que pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia, promove ainda, anualmente, a Semana da Oração, quando, durante uma hora por dia, são realizados trabalhos e estudos religiosos.

Não é preciso, no entanto, acreditar necessariamente em Deus para que uma pessoa seja considerada espiritualizada. É uma questão de atitude. "Conheço ateus mais espiritualizados que pessoas religiosas que propagam sua crença a todo momento", diz a escritora Rosa Maria Jaques, autora do livro Paranormalidade - O Elo Perdido (editora Ground, 174 páginas, R$ 18,00). Rosa já fez palestras sobre o tema no Congresso Nacional e até na Universidade de Brasília. "Inúmeras pessoas falam em igualdade, só que no cotidiano discriminam e humilham os colegas. Indivíduos espiritualizados não praticam atos contraditórios como esses, pois são sempre justos e equilibrados."