domingo, 20 de junho de 2010

GENGIS KHAN E O SEU FALCÃO

Certa manhã, o Guerreiro mongol Gengis Khan e sua corte saíram para caçar.
Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan
carregava seu falcão favorito no braço - que era melhor e mais preciso que
qualquer flecha, porque podia subir aos céus e ver tudo aquilo que o
Ser Humano não consegue ver.

Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram
encontrar nada,decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento
- mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros,
separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.

Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado e Gengis Khan
estavacansaço e com sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam
secos, não conseguia encontrar nada para beber até que - milagre! - viu um
Fio De água descendo de um rochedo a sua frente.

Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de
prata que sempre carregava Consigo, demorou um longo tempo para
enchê-lo e, quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão levantou vôo
e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe. Gengis Khan ficou furioso,
mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o
cálice, limpou a poeira e tornou a enchê-lo, com o copo pela metade, o falcão
de novo atacou-o, derramando o líquido.

Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se
desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo
à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o Grande
Conquistador era incapaz de domar uma simples ave.

Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo
mantendo um olho na fonte e outro no falcão. Assim que viu ter água
suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou vôo
e veio em sua direção. 

Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito, mas o fio de água
havia secado. Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em
busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça d'água e, no
meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região. Se tivesse
bebida a água, já não estaria mais no mundo dos vivos.

Gengis Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços.
mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas:

"Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta,
ele continua sendo seu Amigo".

Na outra asa, mandou escrever:

"Qualquer ação motivada pela fúria
é uma ação condenada ao fracasso".

Renata Teles enviou esta Mensagem

DESCEDENTES DO MONGOL GENGIS KHAN

O ancestral direto de cerca de 16 milhões de homens vivos na Ásia - foi Gengis Khan [1162-1227], o conquistador mongol que formou o maior império que jamais existiu. Como as chances de nascerem meninos ou meninas são iguais, pode-se concluir que existem igualmente 16 milhões de mulheres vivas que descendem do Grande Khan. Ora, são pelo menos 32 milhões de pessoas entre os 6,2 bilhões de humanos. Uma divisão simples indica que um em cada 194 humanos descende de Gengis Khan.
Apenas 30 anos após a morte do Khan, seus descendentes diretos eram 20 mil.

A suspeitas sobre a descomunal descendência de Temujin, o nome original do conquistador mongol, surgiu em 2003, no The American Journal of Human Genetics com a publicação do estudo “O legado genético dos mongóis” pela equipe da geneticista Tatiana Zerjal, da Universidade de Oxford.

Eles estudaram a variabilidade do cromossomo Y, aquele transmitido apenas do pai, entre 2.123 homens de 16 populações espalhadas pela Ásia setentrional, do mar Cáspio até o Pacífico – com exceção da Rússia. O estudo revelou que cerca de 8 % daqueles homens compartilham de um mesmo cromossomo Y. Extrapolando-se este percentual para o resto das populações estudadas, chega-se a 16 milhões de homens vivos com o mesmo cromossomo Y, uma taxa de sucesso reprodutivo 800 mil vezes superior à média de qualquer macho Homo sapiens.

Prosseguindo a investigação, Tatiana e sua equipe conseguiram retraçar a origem desta linhagem masculina na Mongólia, há cerca de mil anos. Mas como uma única linhagem masculina poderia alcançar tamanha preponderância frente a todas as outras? Os homens carregando o mesmo cromossomo Y teriam que elevar a freqüência da sua linhagem na população, tanto através do maior acesso às mulheres e índice mais elevado de sobrevivência da prole, quanto pela eliminação pura e simples dos demais concorrentes homens. De acordo com o estudo, “nos últimos mil anos e naquela parte do mundo, essas condições são encontradas em Gengis Khan e seus parentes masculinos”.

Sabe-se que as hordas mongóis trucidavam todos os homens que se opusessem ao seu avanço, tomando para si suas mulheres. Sabe-se ainda que, para Gengis Khan, “a maior alegria que um homem pode conhecer é conquistar seus inimigos. É cavalgar seus cavalos e tomar suas posses. É ver as faces dos seus entes queridos molhadas de lágrimas, e tomar nos braços suas mulheres e filhas”. Segundo uma passagem do historiador persa Ata-Malik Juvaini (1226-1283), que escreveu em 1260 de um tratado sobre os mongóis: “Sobre a questão da raça e da linhagem de Gengis Khan, existem hoje vivendo no conforto da riqueza mais de 20 mil”.

Bom, toda esta história foi pra dizer que amostras de sangue de populações da Sibéria não foram incluídas no trabalho original de 2003. E ninguém mora mais ao norte da Ásia do que os russos siberianos, certo? Só agora foi feita a investigação do cromossomo Y entre 18 etnias da região, incluindo altaicos, cazaques, mongóis, tadjiques, curdos, persas e russos, num total de 1.437 homens.

O resultado, "Distribution of the male lineages of Genghis Khan’s descendants in northern Eurasian populations”, acaba de ser publicado no Russian Journal of Genetics pela equipe da geneticista russa Miroslava V. Derenko, do Instituto de Problemas Biológicos do Norte. Novamente, a maior freqüência de cromossomos Y encontrada na amostra é justamente aquela do Grande Khan. Entre os mongóis a concentração atinge 35%. Mas corresponde a 8,3 % dos cazaques e varia de 3,4% a 1,7% entre os povos nos montes Altai, na fronteira entre o Cazaquistão e a China. Entre os russos e ucranianos, no entanto, não se encontrou nenhum traço de sangue mongol. Os pesquisadores ainda não sabem explicar o porque disso. raderack.blogspot.com