domingo, 20 de maio de 2012

LIDAR COM ANSIEDADE DA GERAÇÃO Y É DESAFIO PARA EMPRESAS

Nascida do início da década de 1980 até meados de 1990, a Geração Y está tomando o mercado de trabalho brasileiro. Esses jovens são tidos como individualistas, imediatistas e ambiciosos. Um estudo da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP aponta que, para as empresas, o grande desafio é aproveitar características como a rápida adaptação a mudanças e o questionamento constante aos gestores. Ao mesmo tempo, a Geração Y precisa lidar com a ansiedade excessiva em ascender na carreira e ganhar altos salários.

Para sua pesquisa de mestrado, o administrador André Laizo dos Santos entrevistou profissionais de recursos humanos (RH) e gestores de 12 empresas de setores variados, entreelas multinacionais conhecidas. A conclusão foi que não basta a companhia estar alinhada com os valores da Geração Y. Para lidar bem com os jovens profissionais, o RH precisa estar preparado com ferramentas e programas estruturados para apoiar os gestores na condução dos jovens profissionais, considerados arredios a regras, procedimentos ehierarquias.

Por exemplo, com estrutura definida de cargos e salários, plano de carreira, avaliação de desempenho e avaliação de competências com retorno de informações. Estratégias como essas ajudam a aproveitar pontos positivos da geração, como saber focar-se no resultado e ter compromisso com entregas, dinamismo e interesse em colocar ideias e participar das decisões. Quando mal gerenciadas, as mesmas características levam a trabalhos desenvolvidos de modo superficial, que podem deixar clientes insatisfeitos.

E não adianta tentar enganar a Geração Y com falsas promessas para a carreira. Quando elas não se se concretizam, os profissionais logo optam por sair da organização.

“Essa geração cresceu num contexto de muita competitividade. Desde pequenos, foram treinados para serem os melhores. Fizeram cursos de língua, intercâmbio e ingressaram em boas faculdades”, diz Santos, que é graduado em administração de empresas e foi orientado pela professora Marisa Pereira Eboli.

Essa alta qualificação, assim como a facilidade em obter informações pela tecnologia, é requerida pelas organizações, hoje inseridas num contexto que exige estruturas mais complexas. Mas pode reverter-se em arrogância dos profissionais, que passam a se achar essenciais para o empregador e pressionam demais por desafios mais avançados, promoções e salários.

“A ansiedade em ganhar autonomia e receber bons salários é fruto do estilo de vida com regalias durante a adolescência e, em alguns casos, também na infância. É diferente das gerações anteriores, que tiveram mais trabalho para obter o básico”, diz Santos. A garantia recebida da família faz com que a Geração Y tenha menos pressa em cumprir os ritos de passagem, como entrar no mercado de trabalho e constituir família. Com menos responsabilidades, não precisam ter tanto compromisso com as organizações.

Para os entrevistados da pesquisa, a característica mais relacionada à Geração Y é o individualismo. “Eles fazem as escolhas com base no que é melhor para eles. Se precisarem sair da organização, saem. A relação é como a de um casamento: quando não está bom para os dois lados, termina”, aponta um profissional de RH.

Alguns afirmaram que as outras gerações também eram ansiosas e buscavam alinhar necessidades pessoais e organizacionais. No entanto, a Geração Y é a que mais expressa suas angústias e reage para resolvê-las. Também demonstra autonomia na hora de perseguir os objetivos. Com uma ressalva: esperam que o gestor aponte aonde devem chegar e, a partir daí, preferem caminhar até lá por conta própria.

Thiago Minami, especial para a Agência USP
André Laizo dos Santos laizo@uol.com.br

JANELLE TAM DESCOBRE COMPOSTO ANTIENVELHECIMENTO

 
Nanocelulose
Uma estudante canadense de 16 anos de idade descobriu um composto inovador com potenciais efeitos antienvelhecimento e preventivos contra diversas condições.

Janelle Tam identificou a substância antioxidante em uma polpa superfina de celulose.

Essa chamada nanocelulose vem sendo pesquisada por inúmeros grupos de cientistas ao redor do mundo, devido às suas potencialidades em diversas áreas.

Mas a descoberta mais significativa até agora coube a uma estudante que ainda nem entrou para a faculdade.

Antioxidante de nanocelulose
Janelle Tam participou de um concurso nacional cujo desafio era "Como você irá mudar o mundo?".

Ela foi buscar a resposta nas fibras que mantêm as plantas de pé, a celulose.
A celulose é composta de minúsculas partículas, formando a chamada nanocelulose, ou celulose nanocristalina.

A estudante foi a primeira a demonstrar que a nanocelulose tem efeitos antioxidantes, com potencial para combater os radicais livres no organismo.

Seus resultados, que precisarão ser confirmados por cientistas de carteirinha, indicam que a nanocelulose pode ser um antioxidante melhor do que as vitaminas C e E, porque ela seria mais estável, mantendo o efeito por mais tempo.

Janelle juntou a nanocelulose com outras nanopartículas, moléculas de carbono C60 conhecidas como fulerenos, que têm o formato parecido com uma bola de futebol.

Segundo ela, a combinação fulereno-nanocelulose funciona como um "nano-aspirador de pó", sugando e neutralizando os radicais livres.

Suporte
A irmã da estudante também foi premiada no evento.
O pai das duas é professor de engenharia química da Universidade de Waterloo, o que pode explicar como ela teve acesso aos equipamentos de laboratório necessários para uma caracterização tão detalhada de materiais considerados "de ponta".

Janelle recebeu um prêmio de cinco mil dólares canadenses, mas o valor de mercado de sua substância pode ser muito maior.

Diário da Saúde