domingo, 14 de março de 2010

MEDICINA HOLISTICA

Segundo os historiadores, as primeiras referências a uma medicina de inspiração holística datam de muitos milênios antes de Cristo. No ano de 1822 de nossa era conseguiram decifrar alguns papiros que contavam a história dos grandes feitos daquele tempo.
Havia um nome considerado sagrado pelos egípcios chamado Imhotep. Há cerca de 10 mil anos atrás ele teria construído as primeiras pirâmides e lançado as bases de um conhecimento que ainda hoje é misterioso para nós. Sua ciência abarcava estudos sobre a consciência, astrologia, medicina, arquitetura, física, matemática e biologia. Sua concepção da vida correspondia ao que hoje chamamos de holismo.

A alta tecnologia desenvolvida nessas construções somente hoje começa a ser descoberta, graças à física quântica. Séculos mais tarde Imhotep passou a ser conhecido como Hermes Trismegisto, o três vezes sábio. Os gregos o chamaram de Esculápio, depois de Asclépio, e ele passou a ser associado à cura, por ter introduzido um método mais racional e eficaz para lidar com as doenças. Por isso foi chamado de Pai da Medicina moderna.

Suas idéias são extremamente avançadas e isto ficou demonstrado após a descoberta de um importante papiro chamado Edwin Smith, datado de 1.600 aC., que faz referência a tratamentos cirúrgicos, conhecimentos de anatomia, terapêutica estética e de rejuvenescimento, entre outros.

Conta-se que o Egito conheceu muita perfeição e estabilidade social, graças à harmonia existente entre a ciência, a magia e a religião. Magia é uma palavra que tinha o significado de “alta sabedoria”. Sua raíz “mag”, em aramaico, quer dizer “grande sacerdote, sábio”. Isso significa que a magia era sinônimo de sabedoria, e muitos conhecidos filósofos gregos foram se abeberar nas fontes da “magia” egípcia. Entre eles, Pitágoras, Hipócrates, Platão e muitos outros.

A cosmovisão egípcia da medicina se baseava no conceito de cura natural. Dentre os métodos que eram utilizados, havia o uso terapêutico da energia solar, o uso de água solarizada em vidros cromatizados e o uso de pedras preciosas para a cura de doenças. Segundo a famosa Tábua de Esmeralda, onde foram registrados os ensinamentos do sábio Hermes Trismegisto, o corpo humano era constituído de nove corpos sutis, e esta concepção original da constituição humana demonstrava que eles sabiam da existência da energia e mais ainda, sabiam como fazer uso dela.

Graças a esse reconhecimento das origens da arte de curar, até hoje existe um juramento que se faz nas formaturas dos novos médicos, em nome de Apolo, o deus grego da cura e de Esculápio, o Imhotep dos egípcios. Na tradição médica ocidental existe o Caduceu, o símbolo do cetro de Toth, deus egípcio da sabedoria, que foi adotado também como símbolo da Medicina.

Conta-se que Thot, (que é o mesmo que Hermes) reuniu em diversos livros todo o conhecimento existente sobre matemática, música, arquitetura, dança, geometria, astronomia e a medicina de sua época e das eras anteriores. O Caduceu, originariamente, representava duas serpentes enroladas, sendo uma branca e a outra negra, evocando um movimento ascendente dos contrários. Este símbolo evoca o movimento da energia no corpo, ao longo da coluna dorsal, em direção à cura ou à salvação. Lembrando que saúde é uma palavra de origem latina que significa “estar salvo” (saluus, salvus). Infelizmente, com o tempo, fomos perdendo esse significado, restando para nós apenas a idéia de que saúde é ausência de doença

Mais próximos de nossa era cristã, foram descobertos textos no Mar Morto que fazem referência a antigos terapeutas que viviam na Alexandria, e percorriam o deserto cuidando de pessoas doentes e aflitas. Os relatos do judeu Fílon, que foi contemporâneo de Jesus, revelam que a prática desses Terapeutas do deserto se pautava por uma antropologia holística, na qual o ser humano era percebido uno, em sua multidimensionalidade de corpo, mente, alma e espírito. Por isto, a tarefa principal desses médicos era “cuidar do ser”, não dividindo a dimensão espiritual dos cuidados com o corpo, como é de costume em nossa cultura. Aliás, o termo grego “Therapeutes” possui dois sentidos muito próximos, que é o de servir ou render culto, e tratar, cuidar.

Na época desses antigos Terapeutas do deserto, a Alexandria era um espaço cultural de grande riqueza e troca de conhecimentos. Por seus templos passaram muitos filósofos de outras culturas e tradições em busca de ciência e sabedoria.

Depois de ter sofrido a barbárie de invasões e incêndios criminosos, houve uma evasão do conhecimento do Egito para a Grécia, graças aos inúmeros filósofos gregos que havia passado pela famosa Escola de Medicina de Heliópolis, e pela Escola Ginecológica de Saís. Lá, aprendiam com os sacerdotes egípcios a arte médica, e com as parteiras, os conhecimentos tradicionais práticos de ginecologia. Eram muito utilizados os banhos de sol, o que demonstra que o poder terapêutico e bactericida da energia solar eram bem conhecidos entre eles.

Hipócrates teve, durante séculos, um templo dedicado à cura de todos os males, chamado Epidaurus. Lá praticavam métodos que hoje são usados em modernos Spas, como banhos de ervas, massagens terapêuticas, exercícios físicos, relaxamento, fitoterapia e, junto a tudo isso, a interpretação de sonhos pelos oráculos, como na moderna Psicanálise. O relato dessas curas fantásticas ainda pode ser visto nas colunas de mármore das ruínas do templo de Hipócrates, em Epidaurus

De tudo isso podemos entender que a medicina holística, cujos princípios estamos começando a aplicar de forma mais consistente e sistemática hoje, fazia parte da visão de mundo de nossos antepassados. Teria sido esse o ‘segredo’ para a conservação da paz, do patrimônio sócio-cultural e espiritual dos povos egípcios durante milênios?

Dessa medicina holística fazem parte todos os sistemas de cura que estimulam a saúde, e não a preocupação com os diagnósticos, ou com as doenças. Os cuidados com a alimentação da Tradicional Medicina Chinesa, os exercícios físicos da Yogaterapia, o equilíbrio energético da acupuntura e outros, focam na pessoa inteira em recuperação, e não somente num ou noutro órgão afetado. Esta visão integrada torna as pessoas mais responsáveis e atuantes na promoção de sua saúde, estimulando a autonomia e a independência do paciente. Este é o verdadeiro significado de saúde: ser salvo de um estado de passividade e dependência em relação a outro, aos remédios, às intervenções externas, para assumir sua essência e missão no mundo. somostodosum.ig.com.br

CIENTISTAS DESCOBREM O INESPERADO PODER DA MÚSICA

Mais de sete mil corredores de uma meia-maratona que ocorreu em Londres, no Reino Unido, no início de outubro, estavam sob o efeito de um poderoso estimulante para aumentar a performance: a música pop.

Pesquisadores identificaram que algumas trilhas sonoras podem ser até mais poderosas e eficientes para o desempenho de atletas do que substâncias ilegais que são encontradas com freqüência em exames antidoping.

Segundo Costas Karageorghis, consultor de psicologia do esporte da Universidade de Brunel, na Inglaterra, e autor da pesquisa, para avaliar os competidores, uma canção foi tocada eventualmente durante o percurso de 20 km por 17 vezes.

Quando a intensidade física começa a diminuir é o momento em que os efeitos se tornam mais eficazes, de acordo com o especialista.  Por isso, os participantes não escutaram a canção constantemente.

Em entrevistas ao final da corrida, os competidores consideraram o procedimento muito divertido e inspirador. Apesar da forte chuva e do vento, Karageorghis identificou que a música traz uma motivação extra aos atletas, mesmo que alguns não esteja participando do evento de forma coesa. "A necessidade psicológica de obter algo satisfatório estimulou os competidores a criar um elo comum com a meia-maratona", considera.

O pesquisador constatou ainda que a música também é uma ótima maneira de regular o humor, tanto antes como durante as atividades físicas. "Muitos atletas se apegam à música como se fosse uma droga lícita, utilizando-a como estimulante ou sedativo. A excitação também pode se reduzir no caso de se ouvir uma canção mais lenta", afirma.

A relação com o desempenho atlético é apenas um exemplo dos avanços médicos que os cientistas buscam analisar para compreender melhor o incrível poder da música sobre a mente e o corpo. Eles acreditam que essa força é capaz de acabar com dores, reduzir o estresse e aumentar a capacidade cerebral das pessoas

Cada vez mais profissionais da saúde, incluindo a pediatra Linda Fisher, do centro hospitalar da Universidade de Loyola, em Illinois, nos Estados Unidos, utilizam músicas terapêuticas para tratar pacientes em hospitais, hospícios e outras unidades hospitalares.

Linda Fisher explica que as canções tocadas não necessariamente já são familiarizadas com os enfermos. "A música tem um poder de cicatrização capaz de colocar a pessoa em um estado de tranqüilidade, controlado pelo ritmo e qualidade dos tons que compõem a melodia", avalia

Estudos realizados no início da década de 1990, no Bryan Memorial Hospital, em Nebraska, e St. Mary's Hospital, no Wisconsin, concluíram que o hábito reduz significativamente a freqüência cardíaca e controla a pressão arterial e a velocidade respiratória de pacientes submetidos à cirurgias.

Em 2007, uma pesquisa na Alemanha indicou que a musicoterapia ajudou a melhorar as habilidades motoras de pacientes que se recuperavam de acidentes vasculares cerebrais. Entre outros efeitos encontrados, o tratamento também pode impulsionar o sistema imunológico, melhorar o foco mental, ajudar a controlar a dor, criar uma sensação de bem-estar e reduzir a ansiedade de pacientes que aguardavam cirurgia.

Em outro estudo recente da escola de enfermagem da Kaohsiung Medical University, em Taiwan, a musicoterapia reduziu a tensão psicológica de grávidas após uma avaliação com 236 mulheres.

A pesquisadora Chen Chung-Ei informou que as grávidas apresentaram significativas reduções de estresse, ansiedade e depressão depois de ouviram diariamente durante 30 minutos CDs com músicas infantis, da natureza e de compositores como
Beethoven e Debussy. Os resultados foram divulgados no jornal científico Journal of Clinical Nursing.

Costas Karageorghis explicou os efeitos da música quando se está praticando atividade física em um ginásio. Primeiro, ela reduz a percepção em cerca de 10% de como a pessoa está se saindo durante a baixa intensidade da atividade. No caso de alta atividade, a música não funciona tão bem porque o cérebro fez com que se
preste atenção aos sinais de estresse fisiológico.

Em segundo lugar, a música pode influenciar o humor, elevando potencialmente os seus aspectos positivos, como a energia, entusiasmo e felicidade, e reduzindo a depressão, tensão, fadiga, raiva e confusão.

Em terceiro lugar, a música pode ser usada para definir o ritmo do indivíduo, como no caso do etíope Haile Gebrselassie, que escutaa canção tecno "Scatman" nas competições - o atleta conquistou o ouro nos 10 mil metros dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.

O último efeito, segundo Karageorghis, é o de que a musicalidade pode superar o cansaço e controlar a emoção durante uma competição.

inesperado+poder+da+musica.htm