sexta-feira, 21 de junho de 2019

O PODER QUÂNTICO DO PENSAMENTO NA MANIFESTAÇÃO DA REALIDADE


O poder do pensamento pode ser descrito como a capacidade de transformar diretamente o pensamento em um efeito sobre a realidade temporal, sem ação adicional no nível físico, e com essas transformações sendo igualmente eficazes para as manifestações na realidade sejam elas de pequenas à grandes escalas.


A física quântica agora está explicando cientificamente o poder cósmico do pensamento, pois ela é o resultado da nossa curiosidade sobre o Universo e do nosso desejo de entender como ele funciona em um nível mais profundo.

O que a física quântica está descobrindo é que as percepções e as crenças sobre o mundo realmente alteram a realidade para se adequar a essa perspectiva. Cada átomo e cada molécula irradiam e absorvem energia e como tudo é mantido em conjunto por cargas elétricas, é fácil ver como os pensamentos, em sua escala mais fundamental, podem permear tudo o que existe.

O nível quântico pode ser visto como uma camada limite entre os horizontes dos eventos do não manifesto e da macro-realidade manifesta. 

Os elétrons existem simultaneamente em um conjunto infinito de possibilidades e probabilidades nesse campo de energia invisível. Somente quando um observador focaliza a atenção em qualquer localização de qualquer elétron, esse elétron aparece.

No nível subatômico, a energia responde à nossa atenção consciente e se torna matéria. E nesse sentido, podemos influenciar um evento na medida em que os nossos pensamentos podem influenciar o movimento da energia.

Em outras palavras, o campo quântico consiste em energia potencial invisível e contém todas as probabilidades, as quais nós colapsamos na realidade através de nossos pensamentos (consciência), sentimentos e estados de ser. 

Tudo - os humanos e seus pensamentos, os animais, as ávores, as estrelas e as galáxias - está conectado a essa energia invisível em um lugar além do espaço e do tempo. 

Como pensamos e como nos sentimos pode co-produzir um estado de ser, que gera uma assinatura eletromagnética que é enviada imediatamente para o éter, que por sua vez influencia tudo em nosso mundo.  A técnica subjacente à criação da realidade é fazer o uso do poder do pensamento para conscientemente imaginar, criar e atrair aquilo que você escolhe, onde a sua imaginação é o motor dos seus pensamentos.

22 SINAIS DE QUE A SUA ALMA ESTÁ RECEBENDO ATUALIZAÇÕES QUÂNTICAS


Passamos por muitas mudanças e melhorias em nossas vidas, mas nem todas são tão simples quanto pensamos. Quanto mais inclinado à espiritualidade você é, mais frequentemente você pode perceber esse tipo de coisa.

Atualizações quânticas são basicamente fortes energias que o Universo traz para nós, e faz com que possamos ser empurrados para onde precisamos estar. Se você é um indivíduo sensível, então as chances são de que você tenha sentido exatamente o que estou falando.

Os Trabalhadores da Luz e as Crianças Cristal estão ganhando essas atualizações quânticas. Se você está experimentando os sinais abaixo, você também está recebendo essas atualizações quânticas.

1. Você está se tornando mais consciente no geral.
Está vendo e sentindo coisas que não sentia antes. Tudo está realmente se encaixando. Enquanto isso pode ser um pouco esmagador, é um sentimento positivo.

2. Sua intuição está se tornando mais forte.
Está começando a falar com você. Está se fazendo cada vez mais conhecida a cada dia que passa. Seu instinto está em alta atividade.

3. Você se sente conectado a tudo.
Você se sente em paz e uno com o Universo, começando a entender a conexão em jogo aqui. Somos todos Um e tudo está conectado.

4. Você está se tornando mais sensível à energia.
Você está começando a sentir as energias das pessoas ao seu redor constantemente. Tudo está ressoando em um nível diferente diante, como se estivesse apanhando coisas que você não podia antes.

5. Você é atraído mais por coisas como Reiki ou Yoga.
Você está começando a entender que é importante conseguir o movimento do Chi. Você é atraído por qualquer coisa que promova esse fluxo e isso vem de várias formas. Você pode tentar coisas que você nunca considerou antes.

6. Seus padrões de respiração mudam.
Você está respirando de uma maneira diferente do que normalmente faria, é um pouco estranho para você. Isso porque seu Chi é tão poderoso agora que está literalmente explodindo de você.

7. Você está lutando com sua saúde mental.
Você pode passar por explosões de depressão ou ansiedade, do nada. Esta é a maneira de lidar com tudo o que está acontecendo. Nossos corpos nem sempre são capazes de realmente processar e controlar o que chega.

8. Você realmente quer continuar seu caminho na vida.
Você está sendo empurrado mais e mais para seguir em frente pelo seu caminho. Não está preso, e você sabe que precisa realmente empurrar o seu caminho para chegar onde precisa estar. Você está pronto para mergulhar nas coisas.

9. Você pode sentir suas ativações de chakra.
Você pode sentir cada um de seus chakras se tornando despertos, estão incendiando e realmente pulsando. Você não é capaz de compreender as energias que chegam.

10. Agora você pode dizer quando alguém está mentindo…
Você está começando a sentir realmente quando alguém tem más intenções, normalmente não seria capaz de perceber estão se tornando conhecidas. É o Universo colocando tudo dentro de você.

11. Você está realmente ciente do fluxo do Amor.
O fluxo da vida e do Amor é algo que está se tornando cada vez mais consciente. Você é capaz de ver o que é e aceitá-lo. Agora está ressonando com você, e não importunando.

12. As pessoas são atraídas para você.
As pessoas estão juntando-se a você como se você fosse alguém novo. Elas não estão mais olhando para você da mesma maneira. Isso pode ser muito intenso, para dizer o mínimo.

13. Seus padrões de sono mudam.
Você está dormindo demais ou incapaz de dormir. Você não sabe como encontrar um equilíbrio. Nada é como deveria ser e você está confuso.

14. Às vezes você se sente como se estivesse voando.
Você se sente como se estivesse literalmente no topo do mundo, às vezes. Estas energias vêm com altos extremos e baixos terríveis. Nada fica muito evidente.

15. Você experimenta Déja Vù.
Você se sente como se tivesse experimentado algo antes de realmente acontecer. Você vê e ouve coisas que não estão acontecendo. Isso pode ser confuso, mas é a maneira do Universo de lhe dar um aviso.

16. Você sente a necessidade de recuar.
Porque as pessoas estão querendo reunir-se a você, você sente a necessidade de dar um passo atrás. Você quer se retirar e passar algum tempo sozinho. Não hesite, isso lhe fará muito bem.

17. De repente, você está se tornando mais consciente de como a natureza é linda.
Você está realmente entrando mais na natureza. Você está começando a ver o mundo como é, em 
vez de como somos empurrados para vê-lo. As energias que cercam tudo o que está neste mundo estão se tornando conhecidas por você.

18. Sua vibração é maior do que as pessoas ao seu redor.
Você está ressoando em uma vibração mais elevada do que as pessoas que estão em sua vida. 
Isso pode ser um pouco demais para elas. Enquanto você não vai perceber isso tão rapidamente, 
as pessoas próximas vão perceber imediatamente.

19. Você está mais inclinado a estar desconectado da mídia convencional.
Você não está querendo ouvir as mentiras ou ver o estrago que a grande mídia divulga. Você está muito mais ligado às coisas que importam. Há mais no mundo do que aparenta e você quer que os outros entendam isso.

20. Você vê mais e mais Sincronicidades surgindo em sua vida.
Você vê números repetidos com bastante frequência e coincidências significativas seguem você, 
não importa aonde você vá. Tudo parece como se estivesse acontecendo por uma razão, porque realmente está.

21. Você tem interações incomuns com os animais.
Animais são atraídos para você, está vendo coisas que estão lhe fornecendo mensagens. Embora você possa não saber quais mensagens estão sendo enviadas, você chegará a compreendê-las. Tudo vai fazer sentido mais cedo ou mais tarde.

22. Sua rotina atual está um pouco esmagadora.
Você está olhando para “sair da caixa”. Sua rotina atual não está mais lhe servindo. Você realmente quer fazer uma mudança adequada e chegar onde você precisa estar neste mundo.

Formatação – DE CORAÇÃO A CORAÇÃO

http://awarenessact.com/22-signs-that-indicate-your-soul-is-getting-quantum-upgrades/

Tradução – Vilma Capuano – vilmacapuano@yahoo.com.br

O SEU PENSAMENTO CRIA A SUA REALIDADE



Se apontarmos para as próprias mãos com um microscópio eletrônico veremos células, depois moléculas, átomos, depois o núcleo do átomo, os prótons, os quarks, depois as cordas e por fim o Vácuo Quântico. Existem várias correntes da física e formas diferentes de sua análise quando o assunto é física quântica.  Mas, existe um consenso: tudo é feito de átomo.

Alguns estudiosos acreditam que por trás de tudo está o Vácuo Quântico e que dele emana um potencial gigantesco de energia que poderia explicar muitas coisas sobre a criação do universo.
De um lado cientistas que tentam provar a existência de Deus através da Física quântica, do outro Céticos que não acreditam nessa possibilidade.  Se Deus é uma energia que está em tudo-presente em todas as coisas do mundo e que emana a sua força sobre nós- o seu nome poderia ser: Vácuo Quântico. É isso que muitos estudiosos acreditam.

RICHARD D ROBERTS EDUCAÇÃO EMOCIONAL PODE GERAR UMA REVOLUÇÃO SOCIAL



É muito difícil pesquisar qualquer assunto relacionado à educação emocional, ao impacto da personalidade na aprendizagem e à inteligência afetiva sem deparar com o nome do australiano Richard D. Roberts. Rich, como gosta de ser chamado (inclusive em sua biografia acadêmica), é autor de mais de uma dúzia de livros e de mais de 150 estudos científicos sobre personalidade e educação emocional. É considerado um dos maiores especialistas em análise e avaliação de personalidade. Doutor em filosofia e psicologia pela Universidade de Sydney, Roberts especializou-se em avaliações internacionais de educação tradicional, entre elas o Pisa – Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fez isso “até o dia em que as achei insuficientes”, diz ele. “Nenhuma nota individual é capaz de olhar o estudante efetivamente.” Há 20 anos, dedica-se ao desenvolvimento de análise e avaliações emocionais e de personalidade. Hoje, vive em Nova York e dirige o Professional Examination Service, entidade que desenvolve avaliações para novos modelos de educação.

O filósofo e psicólogo Richard Roberts em Nova York. Quando os alunos são incentivados a resolver seus incômodos, eles aprendem a encarar o mundo (Foto: Mark Von Holden/AP/ÉPOCA)

ÉPOCA – Por que ensinar os estudantes a lidar com as  emoções é importante?
Richard Roberts – Há fortes evidências de que trabalhar essas habilidades traz resultados positivos para os alunos no aprendizado de vários tipos de conteúdo e sobretudo na vida social. Nos Estados Unidos, temos pesquisas sérias que comprovam que para cada dólar investido em programas de educação socioemocional há um retorno de US$ 7 em benefícios para as pessoas que convivem com quem recebeu esse tipo de educação. Pense no poder de revolução social dessa pedagogia.

ÉPOCA – De que forma se dá esse retorno?
Roberts – A probabilidade de o estudante que recebeu esse tipo de treinamento ir para a cadeia cai drasticamente. O desempenho escolar como um todo melhora objetivamente. As taxas de evasão também caem. Quando se impede que um número maior de jovens desista da escola e deixe de entrar no mundo do crime, só para ficar em dois exemplos, criamos cidadãos saudáveis, produtivos e criativos. Financeiramente, não só os gastos com saúde pública e serviços sociais caem, como os ganhos econômicos aumentam. Há mecanismos sofisticados que já mediram esse tipo de retorno.

ÉPOCA – A educação socioemocional pode ser aplicada independentemente da cultura de um país?
Roberts – Sim. Ao falarmos de habilidades socioemocionais, falamos de traços de personalidade e habilidades universais, como perseverança, responsabilidade, abertura ao novo, ansiedade e amabilidade. Há cada vez mais evidências de que os traços de personalidade são importantes para a educação e também para outros aspectos da vida, como sucesso no trabalho, e até para predizer a expectativa de vida. A relação é bastante lógica. Quem tem um bom relacionamento com as pessoas, foco e propósito vive melhor. Não mudamos nossas personalidades, mas podemos adquirir habilidades que equilibrem aspectos predominantes do nosso jeito de ser que podem nos atrapalhar. Quem é tímido ou muito passivo pode aprender a se colocar de forma saudável sem para isso se tornar líder de torcida.

ÉPOCA – Há quem invista anos de psicoterapia para chegar a esse equilíbrio. Como se podem trabalhar essas habilidades em estudantes?
Roberts – Essa é a beleza dos programas socioemocionais: eles são muito simples. Primeiramente porque crianças e jovens são esponjas que assimilam e incorporam rapidamente atitudes que se mostram eficazes para eles. Há exemplos simples, como mostrar o caminho e incentivar a criança a seguir por ele. Quando algo nos incomoda, temos três formas de lidar com esse problema: evitar o fato, tentar lidar (ou nos afogar) com nossas emoções ou pensar em formas de resolver o incômodo. O que é mais eficaz comprovadamente? A terceira opção. Ao mostrar isso ao estudante e ao incentivá-lo a pensar em formas de resolver seus incômodos, nós os treinamos para encarar o mundo dessa forma. O ambiente escolar, com sua diversidade de interação social e os desafios de aprendizado, é rico e propício para despertar o olhar dessas crianças e estimular boas práticas.

ÉPOCA  Qual o papel da tecnologia no ensino das habilidades socioemocionais? Ela é algo inexorável na educação e na vida, mas também pode contribuir para o isolamento social dos alunos.
Roberts – Temos muito a ganhar com a tecnologia. As ferramentas mais usadas hoje são um chamado para a colaboração, que é uma das bases do aprendizado socioemocional. O importante é entender como podemos usar essas ferramentas para estimular os aspectos importantes para cada um.

ÉPOCA – Hoje, nos Estados Unidos, os pais passaram a dar mais  importância à educação das emoções na escola?
Roberts – Esse é um conhecimento que está sendo disseminado. Há muitos livros hoje em dia sobre o assunto. O livro do escritor americano Paul Tough (Uma questão de caráter, no título em português) ficou entre os mais vendidos do The New York Times. Os pais estão mais ligados nesse assunto.

ÉPOCA – Um estudo feito neste ano nos Estados Unidos, com mais de 6 mil professores, afirma que mais de 60% dos entrevistados não se sentem preparados para lidar com questões socioemocionais. Dizem que não receberam nenhum tipo de treinamento – nem mesmo na universidade. Como preparar os professores para lidar com essas habilidades?
Roberts – Essa é uma questão crítica. Há alguns anos, tínhamos uma organização social diferente. As mães ficavam em casa, perto das crianças, enquanto os pais trabalhavam. Hoje, a importância da escola aumentou e, consequentemente, a do professor. Os professores têm também a função de mostrar e desenvolver comportamentos adequados nas crianças. O que se pode fazer de imediato é pensar em como abordar os conteúdos formais – para os quais os professores estão bem preparados. Se os alunos trabalham com uma história, vale questioná-los sobre o que acham certo ou errado, por que pensam daquela forma, o que fariam naquela circunstância. Pode-se pensar em como fazer abordagens que exijam reflexão do aluno.

ÉPOCA – Os Estados Unidos construíram recentemente uma base curricular comum para todo o país. Isso é algo que está sendo preparado no Brasil. As questões socioemocionais foram abordadas na política americana de educação?
Roberts – Não de forma específica. Há alguma menção como uma indicação. Agora, há muitos Estados americanos preocupados em sistematizar esse tipo de ensino. O mundo está acordando para isso agora. O levantamento da OCDE, que é um dos mais respeitados do mundo, está investindo nessa questão agora. Esse é um indicador importante. Estamos progredindo. Mesmo países como a Coreia estão preocupados em deixar de ser muito rígidos e dar mais espaço para olhar o lado emocional dos alunos. Fomos procurados pelo ministro da Educação da Coreia para ajudá-los com isso.

ÉPOCA – Que países podem ser considerados modelos de ensino de habilidades socioemocionais hoje?
Roberts – Acho que ainda não temos uma resposta para isso, infelizmente.

ÉPOCA – No Brasil, percebe-se um preconceito com as escolas que optam por trabalhar as emoções em relação às escolas que oferecem o currículo tradicional. Esse preconceito também ocorre nos Estados Unidos?
Roberts – Existe, sim, algum preconceito por parte de quem defende o ensino tradicional. A maioria das inovações na forma de ensinar e de avaliar vem das escolas independentes. Há uma ideia de que, ao se preocupar com o conteúdo emocional, você estaria roubando espaço do ensino cognitivo. Mas, na verdade, ocorre o contrário. Ao reforçar o ensino emocional, potencializamos o cognitivo.

ÉPOCA – Por que isso ocorre?
Roberts – Acho que essa resposta exige uma análise complexa sobre o tipo de país que queremos ser e o que valorizamos numa sociedade. Tradicionalmente, seguimos a linha dos economistas. Eles costumam observar o retorno dos investimentos, a capacidade de produção, o cumprimento das regras. A economia ainda determina muita coisa nas políticas, inclusive nas educacionais. É uma questão de refletir sobre os valores que temos e sobre os que queremos transmitir. Quando fizermos isso, perceberemos o tipo de mudança que teremos de fazer. E aí, talvez, a diferença entre tradicional e alternativo na educação não faça mais sentido. 

Revista Época

O MOVIMENTO ANTI-PORNOGRAFIA ESTÁ CRESCENDO


O movimento anti-pornografia está crescendo
O público está apenas a recuperar o atraso


Utah aprovou uma resolução declarando a pornografia como uma “crise de saúde pública”, um passo que chocou a consciência pública. No entanto, o movimento para enfrentar os danos da pornografia — e mais importante, a pesquisa sobre o assunto — vem crescendo constantemente e ganhando impulso há anos.

Ao contrário da década de 1960, quando os protestos sobre a pornografia baseavam-se principalmente em motivos morais, a ciência e a pesquisa tornaram-se fundamentais para o diálogo nacional sobre os efeitos do uso da pornografia — de fato, cada sentença na resolução de Utah contém citações para pesquisa revisada por pares.

Esta mudança resultou em parte devido ao rápido aumento de danos após o advento da Internet. Antes da Internet, a maioria da pornografia só era acessível se você caminhasse para o “lado errado da cidade” e se furtivamente você fosse em uma loja de pornografia. Agora, a única barreira entre você e milhões de vídeos pornográficos gratuitos é o clique de um mouse. Como resultado, as gerações em ascensão experimentaram uma investida sem precedentes de pornografia hardcore, não só através de pesquisas intencionais, mas também através de uma exposição acidental de pop-ups e vídeos “recomendados” online. Essas experiências se manifestaram em inúmeros danos neurológicos, fisiológicos e sociológicos, que estão sendo reconhecidos por indivíduos de diversos contextos políticos e filosóficos e que exigem uma abordagem de saúde pública.

Na era do iPhone e acesso quase universal à Internet, os modelos sexuais de adultos e adolescentes estão sendo moldados pela pornografia. Uma pesquisa nacionalmente representativa de 2015 descobriu que 27 % dos millennials mais velhos relataram ter visto a pornografia antes da puberdade. Esta é uma tendência alarmante, uma vez que numerosos estudos mostram que as crianças são especialmente vulneráveis à maioria dos transtornos de uso compulsivo.

Desde 2011, houve pelo menos 24 estudos que revelaram que a pornografia impactou negativamente o cérebro — o que de fato ele pode ser fisicamente alterado pela pornografia. Além disso, uma análise de 22 estudos de sete países concluiu que o uso porno está significativamente associado a atitudes favoráveis ​​à agressão sexual e ao envolvimento em atos reais de agressão sexual tanto em homens quanto em mulheres. Para quem acredita no mito de que o uso da pornografia contribuiu para o chamado declínio nacional dos estupros, pense novamente. Na realidade, algumas pesquisas mostram que os departamentos de polícia tiveram uma diminuição significativamente dos estupros relatados, a fim de criar a ilusão de reduções no crime. Longe de reduzir a violência sexual, o uso de pornografia alimenta uma cultura de aceitação de estupro, como mostra a ligação com a maior probabilidade de utilização de coerções físicas pelos usuários pornográficos e de se engajar em comportamentos de assédio sexual .

Embora a resolução de Utah não seja vinculativa, ela serve como uma declaração de intenção e como um quadro para futuras decisões políticas, como potencialmente garantindo que bibliotecas públicas e escolas tenham filtros de Internet. É também uma ferramenta educacional para aumentar a conscientização local sobre os danos causados ​​pela pornografia, para que os indivíduos e as famílias possam estar melhor equipados para tomar medidas preventivas. Este é um avanço significativo para as políticas estatais em matéria de pornografia, embora ainda haja muito espaço para cobrir. No futuro, a aplicação das leis de obscenidade existentes (que proíbem a venda e distribuição de pornografia hardcore), bem como o financiamento estatal para programas compulsivos de recuperação de uso pornô e pesquisas adicionais sobre temas como a disfunção erétil induzida por pornografia e o link de pornografia para aumento da demanda por tráfico sexual,seriam marcadores de um sucesso irresistível no movimento contra a pornografia.

A abordagem de saúde pública para a pornografia é multidisciplinar — profissionais médicos, psicólogos, autoridades policiais e muito mais começaram a falar sobre as formas como a pornografia prejudica e como ela está ligada a outras formas de exploração sexual — e, portanto, tem potencial para criar mudanças substanciais não apenas nas políticas governamentais, mas também nos profissionais de saúde, nas instituições educacionais e na cultura em geral. Porque o movimento para enfrentar os danos da pornografia é multifacetado, os esforços de advocacia política estão criando mudanças no setor privado e público.

O Centro Nacional de Exploração Sexual trabalha para mudar as políticas corporativas e organizacionais que facilitam a exploração sexual (incluindo a pornografia) através da sua Lista anual Dirty Dozen , que desde 2013 nomeou 12 infratores convencionais. Como resultado, quatro grandes hotéis no último ano deixaram de vender pornografia on-demand em todo o mundo, o Google deixou de vincular anúncios a sites pornográficos e o Departamento de Defesa parou de vender pornografia nas bases do Exército e da Força Aérea. À medida que as instituições tradicionais se deslocam para se distanciar da pornografia, apesar da atração de lucros potenciais, uma mudança cultural começa.

À medida que as pessoas tomam consciência dos danos causados ​​à saúde pública e à sociedade, a pornografia está preparada para seguir a tendência do tabaco na consciência pública. Na década de 1950, o tabagismo era generalizado, e alguns médicos e “especialistas” até alegaram que era saudável. Agora, o mesmo tipo de “especialistas” defende pornógrafos de grandes empresas, em vez de reconhecer os danos da vida real experimentados por seus amigos e vizinhos. Embora a opinião pública sobre a pornografia esteja atualmente em fluxo, o volume de pesquisas e testemunhos pessoais sobre suas forças destrutivas continua a crescer, e o movimento para enfrentar a crise de saúde pública da pornografia apenas começou.

Por Haley Halverson, para o The Washington Post. Você pode ler o texto em inglês aqui. Tradução livre por Yatahaze.

Yatahaze in Anti Pornografia
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Jan 2, 2018

JOVENS CRITICAM A INDÚSTRIA PORNOGRAFIA


Nascido na era da internet, o paulistano Jefferson sempre teve fácil acesso à pornografia. Embora não se considerasse viciado, assistia a material explícito pelo menos cinco vezes por semana em sites de compartilhamento de vídeos. O hábito se manteve constante até 2016, quando entrou em contato com outro tipo de conteúdo nas redes sociais. Na página “Anti Pornografia” , que tem 32 mil curtidas no Facebook, descobriu estudos sobre os danos causados pelo pornô à saúde mental e foi alertado sobre os abusos sofridos pelas atrizes dessas produções. O suficiente para que esse promotor de vendas de 23 anos, que prefere não revelar seu sobrenome, excluísse completamente a pornografia da sua vida.
  
— Somos uma geração educada sexualmente através do pornô, em especial os homens — diz ele. — Talvez por causa de estudos mais recentes, só agora está surgindo uma maior conscientização sobre os problemas desse consumo.

Parte da geração que cresceu com a pornografia começa agora a questioná-la. O movimento é cada vez mais visível na internet, e não está ligado a princípios religiosos, mas de bem-estar. São em geral jovens com menos de 30 anos que usam fóruns e grupos de discussões como o Reddit para se manifestar sobre os impactos da indústria pornográfica em suas vidas. Um dos assuntos mais comentados nessas comunidades é o reboot — uma técnica que, a grosso modo, tem como objetivo “reinicializar” o cérebro e reconfigurar o desejo a partir da abstinência de pornô.

Um dos nomes mais citados nestas comunidades é o do fisiologista americano Gary Wilson, autor do livro “Your brain on porn” (“Seu cérebro e o pornô”) . Frequentemente, os adeptos do reboot se baseiam no TedTalk de Wilson, “The great porn experiment” , que tem 11 milhões de views. Os argumentos do fisiologista, porém, geram polêmica na comunidade científica, especialmente suas visões sobre vício. Um de seus papers acadêmicos associa o aumento da disfunção erétil com o a disseminação na pornografia — ideia que chegou a ser criticada por neurologistas.

Em entrevista por telefone, Wilson defende a relação entre disfunção erétil e o vício em pornô. Ele acredita, inclusive, que este fato leva cada vez mais homens a questionar o seu consumo. O que não significa, é claro, que a procura por pornografia não continue alta. No ano passado, só o site Pornhub teve 33,5 bilhões de visitas — 5 bilhões a mais do que em 2017.

— Ao mesmo tempo que um grande número de pessoas, especialmente homens e jovens, conscientizou-se sobre os efeitos negativos do pornô e decidiu abandoná-lo, há ainda um número maior que busca esse tipo de conteúdo on-line — diz Wilson. — O número de novos espectadores ultrapassa o de quem larga. Portanto, acho que isso vai ficar muito pior até começar a melhorar.

No site brasileiro “Como parar”, que reúne depoimentos sobre o vício em pornografia, jovens usam expressões como “mal do século”, “bug na cabeça” e “derrota”, entre outras nada positivas. Maiores consumidores deste tipo de conteúdo, os usuários masculinos do site contam que a exposição a ele trouxe problemas como perda de atração pela parceira, menor socialização, objetificação da mulher e depressão.

Já entre as mulheres, a rejeição está também relacionada à representação feminina e aos maus tratos das atrizes nos sets. Ao entrar em contato com grupos feministas, Nicole, de 20 anos, passou a questionar o seu consumo próprio de pornografia. Ela, que até pouco tempo tinha um namorado “viciado” em vídeos de sexo, passou a militar ativamente contra a indústria nas redes.

— Todas as minhas amigas são contra, diz.

Para Marina Cenni e Isadora Leal, duas das quatro administradoras da página “Anti Pornografia”, o movimento tem ganhado força principalmente por causa dos mais jovens.

—A indústria pornográfica teve um tempo livre para crescer e se solidificar na sociedade — avaliam elas, em entrevista por email. — Acho que as pessoas, aos poucos, estão se dando conta dessa força esmagadora que cresceu debaixo da cama, nas telas de jovens e adultos, enquanto recusava-se a falar sobre ela e insistia-se em normalizá-la.

Desde que a página começou a ganhar mais movimentação, muitas pessoas passaram a compartilhar suas experiências. A frase “Eu achava que eu era a única pessoa a se incomodar com isso” ainda é recorrente, o que prova, para Marina e Isadora, que o tema mantém-se como um tabu.

— É como se a pornografia fosse a norma e falar qualquer coisa contra ela fosse ser “antissexo”, ou “puritano”, o que não é o caso — explicam.

Se no passado o combate costumava partir de comunidades religiosas, agora ele encontra raízes em grupos que preferem trocar a pregação pela divulgação de pesquisas e dados científicos sobre os impactos do pornô.  É o caso do Fight the new drug (Lute contra a nova droga), uma ong americana que procura fazer um trabalho de conscientização entre os mais jovens.

— Descobrimos que a melhor maneira de educar os jovens sobre pornografia é ser honesto e direto — disse a organização, em uma entrevista através de sua assessoria. — Sem conversa fiada, sem fazer de conta que isso não é uma questão. Apresentar a ciência e os fatos também é importante.

Nem todos os pesquisadores, porém, concordam sobre o tipo de impacto que a pornografia produz.

— Não há uma fundação científica de que a pornografia em si traga prejuízos — acredita Paulo Rennes, coordenador do mestrado em Educação Sexual da Unesp. — Os problemas são mais relacionados no sentido de valores. A pornografia deseduca e faz com que os jovens tenham uma visão distorcida do sexo. Mas ela pode ser um reflexo, já que somos uma sociedade que investe no erotismo, em vez de investir na educação sexual. Assim, a pornografia pode servir para nos mostrar algo que precisa ser repensado ou excluído na sociedade.

Bolívar Torres 
Jornal O Globo