terça-feira, 3 de agosto de 2010

CEO CHIEF EXECUTIVE OFFICER


Queda de executivos de grandes empresas revela
que o conceito de liderança e o perfil dos líderes precisa mudar

O sonho de todo executivo de alcançar o posto de Chief Executive Officer (CEO), o ápice da carreira corporativa, está se transformando em pesadelo. Pesquisa recente realizada por uma consultoria internacional revelou que, de cem diretores aptos a serem promovidos a CEO entre as mil maiores empresas norte-americanas, 60 disseram não querer o posto. Ou seja, nem mesmo a realização profissional, a compensação financeira e o glamour são suficientes para acabar com o receio de sofrerem as pressões que já fizeram como vítimas Carly Fiorina (HP) e Michael Eisner (Disney), somente para citar os casos recentes mais famosos.

O motivo é justificado. Os líderes são confrontados com exigências cada vez maiores nos mais diversos níveis. Atender os investidores, gerar resultados no curto, médio e longo prazos; gerir, orientar e motivar funcionários; conhecer e atender as expectativas da família, comunidade e sociedade. E quanto mais alta a liderança, maior a responsabilidade e a pressão.

Equacionar o problema e atender a todas as expectativas, consultores, especialistas e acadêmicos têm proposto diversos perfis: Líder Carismático, Alta Performance, Servidor, Espiritualizado, Equipes, Integrativo, AmbientalComunicativo, Cooperativo,etc. Todos abordando exemplos e estudos de casos procurando mostrar que o seu modelo é o que trará os melhores resultados para as organizações.

Porém, quando analisamos os líderes que conseguiram vencer todas as dificuldades e desafios, se constata é que todos reúnem, em maior ou menor grau, o carisma, a busca pela performance, pragmatismo, ética, comunicação, etc. O que os diferencia é a sua capacidade de se alinhar com a cultura, a missão e os valores da organização onde atuam, utilizando suas qualidades de acordo com o cenário do momento.

Ou seja, não há uma infalível “receita de bolo” para definir um líder. Se o cenário em que atua não estiver alinhado com o seu perfil (competências) o sucesso será pouco provável. Podemos concluir que a característica que parece se cristalizar cada vez mais como sendo a mais importante da atualidade é a que denominamos Liderança de Modelagem Dinâmica, e que pode ser resumida como sendo a capacidade que o líder tem de se moldar ao cenário atual, acompanhar suas transformações e conseguir os resultados esperados. Esse líder tem dois desafios:

Auto-conhecimento suficiente para verificar o alinhamento das competências e motivações com as tarefas dentro deste cenário; identificar/avaliar/entender o cenário.

Se desenvolver o auto-conhecimento depende praticamente da pró-atividade do líder, a identificação dos cenários exige uma abordagem mais holística, contando com a ajuda de sua equipe e rede de relacionamentos. O melhor ponto de partida é analisar os cenários em seus diversos níveis:

Interno   (organização)

Interação operacional 
(clientes e fornecedores)

Estratégico 
o mercado e seus agentes de influência

Político-Social
a comunidade e sociedade em que a organização está inserida
e seus agentes políticos

Ambiental
o meio ambiente em que a organização
está inserida e suas influências

Global
onde grandes questões mundiais são discutidas,
como democracia, relações capital-trabalho,
aquecimento da Terra etc.

Para cada conjugação de cenários teremos necessidade de características diferentes, umas mais fáceis e outras mais difíceis de serem desenvolvidas. As competências devem estar baseadas no uso integral de toda a capacidade racional e emocional, unindo de forma ressonante o tangível e intangível, realidade e imaginação, planejamento,intuição, racionalidade e espiritualidade, concreto,abstrato, óbvio sutil..

Dessa forma, é possível construir um potencial para a ação ajustado à diversidade de exigências nas arenas de atuação do CEO. Praticar a Liderança de Modelagem Dinâmica é estar permanentemente em profundo contato consigo mesmo, com as pessoas e o ambiente que o cerca.

Os resultados promovidos por esse novo perfil de líder se refletirão expressivamente não apenas no balanço anual das organizações, mas também na satisfação pessoal dos executivos, colaboradores e acionistas.

*Dieter Kelber é pesquisador, professor e diretor
do Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual INSADI
e da Business Processes School.

carreiras.empregos.com.br

CARACTERÍSTICAS DE UM LIDER


Oferece uma causa, não apenas tarefas
Cria um ambiente de motivação profunda ao deixar claro o significado que transcende a tarefa, o trabalho, a missão, o emprego das pessoas que o cercam. Ajuda as pessoas a identificarem com clareza o rumo que pretendem seguir. Estimula as pessoas a sentirem que fazem parte de algo nobre, muito além da simples troca do trabalho por remuneração. Oferece às pessoas aquilo que mais desejam: uma bandeira, uma razão para suas vidas. 

 Forma outros líderes, não apenas seguidores
Seu papel não se resume a motivar seguidores. Investe no desenvolvimento dos futuros líderes. Educa seus filhos para exercerem liderança, não apenas para obedecer. Torna-se mentor dos outros no seu ciclo de amizades, no clube que freqüenta, no projeto comunitário de que participa.

Lidera nos 360 graus, não apenas 90 graus
Atua onde faz diferença, não fica confinado às “paredes” do seu território formal. Exerce a “Liderança 360 graus”: fora, para cima, para os lados. Não influencia somente quem está do lado “de dentro” numa família, empresa, equipe. A filha líder influencia o pai. O jogador influencia o treinador da equipe. Constrói “pontes”, em vez de “paredes”.

Surpreende pelos resutados, faz mais do que o esperado
Consegue obter resultados incomuns de pessoas comuns. Surpreende, superando sempre o esperado. Em vez de simplesmente dar ordens e cobrar rendimento, incentiva cada um a fazer o seu melhor, porque dá o seu melhor. Não espera acontecer. Cria as oportunidades. Estimula o senso de urgência, não deixa as coisas para amanhã.

Inspira pelos valores, não apenas pelo carisma
Essa é a tarefa mais importante do Líder. Esta é a “cola” que une as outras quatro forças, a que dá sentido a tudo.

O Líder Integral cria clima de ética, integridade, confiança, respeito pelo outro, transparência, aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão, humildade, inteligência emocional.

PROATIVO FAZ A DIFERENÇA


Todas as pessoas possuem habilidades e um potencial a ser liberado. Quando esse potencial não é trabalhado, é necessário controlar as atividades delegadas o tempo todo – é assim que reconhecemos um líder. Ao observar sua equipe, é possível perceber que tipo de perfil é encontrado. Pessoas motivadas, que fazem a diferença, ou um grupo que faz o famoso feijão com arroz e não trabalha a criatividade?

A iniciativa, ou melhor, a proatividade deve ser constantemente estimulada. Para conquistar uma equipe que realize sem necessariamente precisar de ordens, que crie e inove com as situações apresentadas no dia a dia, e não apenas reproduzindo-as, precisamos liderar de maneira segura, delegando atividades. Costumo citar que, em uma empresa, temos o gerente, que fiscaliza e controla as ações dos funcionários, e o líder em cargo de gerência, que desenvolve o potencial de seus colaboradores.

Mesmo quem, por natureza, sai na frente tomando atitude necessita de incentivo para não desanimar e continuar oferecendo soluções, resolvendo problemas e encontrando novas saídas. Trabalhar a iniciativa das pessoas, mostrando que elas devem ser uma solução, e não um problema, é desenvolver nesse indivíduo o paradigma da pessoa completa.

Estimulada pelo líder direto, uma pessoa pode ser proativa e ter as quatro áreas de seu desenvolvimento (mente, coração, corpo e alma) interligadas de maneira única. A mente desenvolve o controle para tomar decisões e avaliar as situações, o coração em equilíbrio ativa a facilidade de se relacionar e confiar, enquanto o corpo representa a parte física que precisa estar em sintonia. Já a alma representa a necessidade de fazer a diferença, ou seja, de criar, crescer, atuar e ser reconhecido por isso.

De maneira geral, todo mundo tem potencial. O que falta hoje são líderes que desenvolvam o potencial das pessoas. O verdadeiro líder é aquele que enxerga essa capacidade humana antes mesmo de o indivíduo notar. Um funcionário que chega no horário, bate o ponto, segue sua rotina, almoça, volta ao trabalho sem atraso e termina suas atividades com pontualidade no fim do expediente, por exemplo, nem sempre é sinônimo de competência. O profissional pode ser regrado, responsável com seus horários, mas nem por isso ele é proativo.

A capacidade de inovar está além de seguir convenções, é a união da responsabilidade com o fazer acontecer. Cumpro minhas obrigações e vou mais adiante porque preciso disso para me sentir vivo, produtivo e em constante mutação. Para alguns, essa atitude é natural e, se bem estimulada com elogios e incentivos, transforma-se em grande potência. Se não, uma pessoa com todas essas habilidades pode se acomodar, encher-se de frustrações e, consequentemente, tornar-se reativa. Por isso, é tão necessária a figura do líder que enxerga as potencialidades e as administra a favor de seus funcionários e do progresso da empresa.

Essa motivação acontece de dentro para fora, e não de fora para dentro. A construção de indivíduos proativos, sejam os que têm iniciativa por natureza ou não, acontece por meio da habilidade e competência do gestor, que possui a capacidade de olhar para além das necessidades básicas do trabalho desenvolvido. Esse gestor consegue enxergar a mente, o coração, o corpo e a alma de sua equipe e sai na frente, pois tem um trabalho de qualidade e agrega valor às pequenas atividades que gerencia, ou seja, ganha todo o ciclo profissional. Mais que isso, criam-se indivíduos satisfeitos e preparados, ou melhor, profissionais proativos no sentido completo da palavra.

SEJA PROATIVO

Ser proativo se tornou uma virtude que faz com que os profissionais sejam disputados no mercado de trabalho. Mas o que é ser proativo? Muitas pessoas acham que ser proativo é ter iniciativa, ou mesmo a capacidade de resolver rapidamente os problemas. Mas somente ter iniciativa não basta, a proatividade se refere à antecipação de soluções, por isso o prefixo "pró", e para isso é preciso planejamento.

Desta forma, podemos definir que a pessoa proativa é aquela que se antecipa aos problemas, somando iniciativa e planejamento, consegue prever soluções e ações necessárias. O planejamento pode não prever o futuro, mas aumenta as chances de sucesso.

Outra característica importante do profissional proativo é o questionamento positivo, que serve de base para as mudanças. O questionamento positivo leva a criatividade, que por sua vez leva a inovação. Ou seja, o profissional proativo não se contenta com as soluções prontas, busca alternativas, é persistente e consegue visualizar novas formas de trabalho que trarão melhores resultados.

Desenvolver a atitude da proatividade requer do profissional boa comunicação, envolvimento, conquista de confiança da equipe, saber planejar e estabelecer expectativas de desempenho, buscar novas responsabilidades, buscar conhecimento continuamente.

Nos tornamos proativos somente quando estas características se tornam um hábito no nosso dia-a-dia de trabalho, assim nossos comportamentos são reconhecidos como de um profissional proativo. Esses comportamentos se referem ao estar sempre pronto para colaborar com a equipe, conseguir visualizar possíveis problemas e de que maneiras poderão ser resolvidos.

O profissional proativo, por seu comportamento, desenvolve bons relacionamentos interpessoais, demonstra comprometimento, e se torna referência em sua equipe de trabalho. É aquele vendedor que sempre encontra alternativas para o cliente, é aquele colega que faz além de suas atribuições e por sua eficiência consegue ajudar outros colegas a encontrarem soluções.

Também reconhecemos a proatividade naquela pessoa que faz as coisas acontecerem, coloca a mão na massa junto com a equipe e com isso acompanha de perto o resultado do seu planejamento. Pois planejar requer aplicação, que consiste acima de tudo em ação e prática.

Por isso vamos refletir sobre o quanto estamos sendo proativos no nosso trabalho. Buscamos trabalhar com criatividade? Qual é o seu planejamento para o dia de hoje? Para esta semana? Para o mês? Para o ano? Essas metas estão de acordo com a missão de sua empresa? E a visão? Onde sua empresa quer chegar? Como chegar até lá? O quanto suas ações estão influenciando no resultado de sua empresa? De que forma uma mudança de atitude traria melhores resultados? Pense nisso!