domingo, 19 de agosto de 2012

O CORPO HUMANO É UM TEMPLO.

O cérebro antigo é a base da sobrevivência biológica, o restante é muito plástico e está constantemente fazendo sinapses, ou seja, se modificando, modificando sua estrutura de conformação. Se moldando de acordo com nossas experiências e expectativas.

A base mais geral do ser depende do genoma, não podemos negar nossa herança genética, afinal ela determina muito daquilo que trazemos como potencial, e todo o restante depende da estimulação do ambiente e principalmente das emoções/razões do ser. A memória é fundamentalmente emocional.

O cérebro funciona com sub-sistemas. Cada cérebro é capaz de perceber de forma particular e única. A plasticidade cerebral nos faz instáveis sempre.

A plasticidade cerebral gera economia de espaço, economiza sinapses. Quanto mais se usa o cérebro, mais ele se torna capaz de sinapses.

Não existem áreas específicas para as funções, porque elas estão associadas às emoções, ao histórico pessoal. Cada indivíduo constrói a área de atuação cerebral.

A parte antiga do cérebro tem o registro da espécie e trabalha por conta própria, dirigindo o sistema simpático e o parassimpático. É responsável, por exemplo, por necessidades de luta, de fuga, de persecutoriedade, prontidão e outros, ele põe glicose no organismo para que possamos agir nestes casos e etc.

A parte nova do cérebro depende do ambiente, das estimulações que nós vamos receber e das emoções, porém, tudo passa pelo crivo do cérebro antigo: o que é bom para a minha sobrevivência está liberado, e aí a memória é construída. Quando reconstruímos a memória passamos pelo processo cerebral e aí ela se torna uma realidade, uma experiência própria.

MARCADOR SOMÁTICO – o ponto chave é a amigdala (cerebral), córtex pré-frontal e hipotálamo, que são os responsáveis pelas emoções. A amigdala recebe as aferências e distribui para os outros sistemas. O que decide a distribuição, na verdade, é o significado do que a amigdala recebe, e o significado é dado por uma esfera não fisiológica.

Quando o marcador somático é acionado surge uma percepção de estresse, diminui o nível de anticorpos, e várias sintomatologias podem aparecer, porque ele aciona o cérebro antigo que é alertado para agir em defesa do organismo, e essa prontidão para a luta, para a fuga, etc. acaba adoecendo o indivíduo.

Para mudar o marcador somático é preciso mudar o significado que está impresso nele, ou seja, mudar o cérebro que é plástico e pode mudar toda a atuação.

O marcador somático aciona o organismo para produzir proteínas, essas substâncias são transmitidas às células e aí se instalam as doenças.

O estresse é o grande causador de produção excessiva. E o marcador somático é o grande causador de estresse.

Os mecanismos de memória são os mesmos para o passado e para o futuro, porque o marcador somático interpreta como agora.

O sistema nervoso conversa com o resto do corpo. A cada duas horas mudamos os receptores das células, por isso eles não são passivos aos neurotransmissores . Daí a importância do significado  sentimento de fundo, que é aquele em que se fica ordinariamente. Na homeopatia conhecemos como a emoção que desencadeou a tendência mórbida, quando dos casos de desarmonia (ou patologia). O sentimento de fundo é muito mais personalizado do que consta dos livros de neurofisiologia, ele não é neutro.

A terapia pode mudar esse sentimento de fundo, mas nem sempre, a meditação ajuda a atenuar os sintomas, que são os efeitos desse sentimento de fundo, mas só encarando a causa desse sentimento de fundo e mudando seu significado podemos alterá-lo e mudar o genoma das nossas células.

Nosso EU é formado pelo soma que se identifica com o corpo biológico, mais a psique que adiciona o fator psíquico, mais o nôus que vem somar aos 2 anteriores a esfera espiritual, e ainda uma quarta esfera que é o Pneuma que traz a transcendência à nossa existência.

Nossos corpos carregam diversas memórias: genética, emocional, transgeracional, etc, herdamos esse pacote e tendemos a repetir o scripte (principalmente nos casos de abandono e abuso e tb na baixa auto-estima, conforme estudos psicológicos). Por que essa tendência de viver papéis herdados?

Por que valorizamos sempre a doença em nós e não os aspectos saudáveis? A doença é o aviso, o alerta de que algo não está certo em um, ou vários, de nossos corpos, mas o que promove a cura são os aspectos saudáveis em nós, esses é que devem ser realçados na terapia. O foco tem que estar no bom, no belo e no verdadeiro. Essas esferas do ser que promovem a reação da parte doente rumo a cura. É preciso acionar o nosso corpo de luz, o nosso corpo diamantino, o Pneuma, o sagrado em nós.

NOSSO CORPO É TEMPLO.

Dra Ercilia Simone Dalvio Magaldi
Professora do IJEP/FACIS
www.ijep.com.br

SISTEMA DE LIMPEZA DO CÉREBRO

Neurocientistas do Centro Médico da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriram um sistema de drenagem pelo qual o cérebro elimina resíduos.

O estudo foi publicado esta semana na revista “Science Translational Medicine”, e os pesquisadores esperam aplicá-lo em tratamentos de Alzheimer e Parkinson.

O sistema atua como se fossem encanamentos que aproveitam os vasos sanguíneos do cérebro e fazem a “drenagem” da mesma forma que o sistema linfático no restante do corpo. A equipe chamou o novo sistema de “glinfático”, já que está administrado pelas células do cérebro conhecidas como células da glia.

A autora principal do artigo e co-diretora do Centro de Neuromedicina da Universidade de Rochester, Maiken Nedergaar, afirmou que “a limpeza de resíduos é de vital importância para todos os órgãos, e há muito tempo há perguntas sobre como o cérebro se desfaz de seus resíduos”.

“O trabalho demonstra que o cérebro está se limpando de maneira mais organizada e em uma escala muito maior do que se tinha pensado anteriormente”, disse Maiken, que expressou seu desejo de que a descoberta sirva para tratar doenças cerebrais.

“Temos a esperança de que esses resultados tenham implicações para muitas condições que afetam o cérebro, como lesões cerebrais por traumatismo, derrames, mal de Alzheimer e Parkinson”, acrescentou.

Os cientistas observaram que o líquido cefalorraquidiano tem um papel importante na limpeza do tecido cerebral, encarregado de levar os produtos dos resíduos e os nutrientes para o tecido cerebral, por meio de um processo conhecido como difusão.

O sistema recentemente descoberto circula por todos os cantos do cérebro de maneira eficiente, pelo que os cientistas chamam de fluxo global.

“É como se o cérebro tivesse dois coletores de lixo: um lento que já conhecíamos e um rápido que acabamos de conhecer”, disse Maiken.

“Dada a alta taxa de metabolismo no cérebro e sua grande sensibilidade, não é de se estranhar que seus mecanismos para se desfazer dos resíduos sejam mais especializados e amplos do que se pensava”, acrescentou.
G1 – Ciência e Saúde