sábado, 29 de janeiro de 2011

NEUROÉTICA

Uma das áreas de estudo e pesquisa que tem me fascinado muito é a neuroética. Ela é um novo campo de pesquisa que trata de questões comuns à neurociência, filosofia e ética. Inclui o estudo das implicações das novas descobertas sobre o funcionamento do cérebro humano e a possibilidade de existirem bases neurais determinantes do comportamento ético. O debate acerca das relações entre neurociências e o campo da ética vem se expandindo rapidamente com o progresso dos conhecimentos empíricos sobre o funcionamento cerebral e com a acelerada inovação no campo das neurotecnologias. As descobertas científicas das neurociências apresentam possibilidades para novos diagnósticos e tratamentos, e consequentemente, dão uma contribuição para uma compreensão mais ampla da natureza humana. Um exemplo disso são novas técnicas como ressonância magnética (fMRI) e tomografia por emissão de prótons (PET).

Na filosofia, o impacto principal da neurociência se reflete principalmente na ética em questões como livre-arbítrio, responsabilidade e culpabilidade pelas ações individuais, emoção, razão etc. Esse novo campo de discussão da ética é inerente ao séc. XXI e tem como terminologia inicial o nome de NEUROÉTICA. (definida em 2002 por Adina Roskies)

O campo de abordagem da neuroética se dá em duas perspectivas distintas: neurociência da ética, que faz uma investigação acerca das bases neurobiológicas da conduta moral e ética das neurociências, cujo foco é a discussão sobre os desafios e problemas éticos surgidos com a ampliação de nossa capacidade de intervir decisivamente sobre o cérebro, a experiência subjetiva e a vida social a partir das descobertas teóricas e das invenções técnicas das neurociências. O objeto da neurociência da ética é analisar as influências que as pesquisas em neurociências, principalmente as do início do terceiro milênio, terão no enfrentamento de questões ético-filosóficas do século XXI.

Algumas questões pertinentes a neurociência da ética: como continuaremos a desenvolver as idéias sobre lívre-arbrítrio e responsabilidade, sabendo que muito do que se descobre a partir das pesquisas em neurociências sobre o funcionamento do cérebro e suas sinapses apontam para a idéia de que o homem age de forma causal? Realmente podemos esperar que o homem aja sempre de forma mais racional que emocional, reforçando um tipo de dualismo cartesiano nas questões filosóficas sobre mente e cérebro? Será possível dissecar o funcionamento do cérebro a ponto de se achar a formação do pensamento?

Alguns teóricos contemporâneos apresentam um esforço na direção de diminuir essa divisão entre juízos morais e aspectos biológicos, como por exemplo Joshua Greene, com a hipótese de existência de bases neurais dos conflitos cognitivos e o controle e origem dos julgamentos morais. Também Adina Roskies, que estabelece os elementos conceituais para a discussão de uma neuroética. Na ética de Peter Singer, a proposta vai além dos limites da espécie humana e apresenta um questionamento da superioridade da espécie humana (especimo), com importantes estudos dos comportamentos de escolha e preferências em outras espécies.

Para o neurocientista e filósofo Antonio Damásio todas as características da humanidade resultam de uma evolução biológica e adaptativa e que a consciência humana é resultado dessas vantagens evolutivas. Os valores éticos podem ser entendidos como estratégias de sobrevivência da espécie apoiadas nos sistemas neurais que executam as condutas instintivas. Essa afirmação é feita em seu livro O Erro de Descartes e tem como pano de fundo um novo contexto e, ou, novo campo de discussão e conhecimento que leva em si a necessidade de interdisciplinariedade entre neurociências, psicologia e filosofia, mais especificamente a ética e a origem dos juízos morais. Damásio inicia seu livro descrevendo casos em que danos físicos e localizados no cérebro, causados por acidentes ou até mesmo por intervenções cirúrgicas, determinaram alterações de comportamento e da personalidade dos pacientes. A partir do relato de casos concretos algumas certezas no campo da ética se tornam discutíveis. O caso apresentado com mais detalhes é o de Phineas Gage, trabalhador da construção civil que tem o cérebro perfurado em um acidente de trabalho em 1848. Ele se recupera completamente, mas sua personalidade e suas atitudes sociais sofrem mudanças. Em um tópico do último capítulo, o autor esclarece o título de sua obra e diz que é uma crítica ao Dualismo Cartesiano, que tanto influenciou e influencia até hoje as ciências e as humanidades no mundo ocidental.

Uma conseqüência desse dualismo na ética é, segundo Damásio, a sugestão de que o raciocínio, o juízo moral e o sofrimento causado por uma dor física ou agitação emocional poderiam existir independentemente do corpo. As descoberta da neurociência questionam essa afirmação. O erro de Descartes seria especificamente fazer uma separação das operações mais refinadas da mente e a estrutura e funcionamento do organismo biológico, porque, na opinião de Damásio a mente humana reage com base em percepções internas e externas, e a consciência é o resultado.

Damásio defende a existência de uma natureza física da consciência e pretende demonstrar como a consciência é construída no cérebro humano. Essa via de naturalização da consciência apresenta-se hoje como uma estratégia para o aprimoramento da compreensão científica e filosófica acerca dos fenômenos mentais. Este é o campo da neuroética.

Prof. Ives Alejandro
embuscadamente.blogspot.com

PERIGOS DAS NEUROTECNOLOGIAS

O Neurocientista Roberto Lent adverte: avanços do mapeamento cerebral podem ser grande ameaça à privacidade das pessoas No entanto, elas passaram a ser usadas no cotidiano das pessoas sem que exista um questionamento ético sobre o assunto. Empresas testam o gosto de um refrigerante com base nas reações de prazer no cérebro de um indivíduo.

Estúdios cinematográficos monitoram o cérebro humano para saber quais cenas de um filme são mais excitantes e merecem fazer parte do trailer. Nos tribunais, o uso da neuroimagem como detector de mentiras é tido como uma grande promessa. Contudo, não há regras nem limites éticos para lidar com o assunto.

É o que alerta o cientista Roberto Lent, afirmando que as pessoas tendem a imaginar que as descobertas feitas com base nas técnicas de mapeamento e registro cerebral são coisas de ficção científica. Eram, mas não são mais. Já está disponível a tecnologia para que uma empresa possa recrutar profissionais baseando-se em como o cérebro dos candidatos reage diante de um problema que, por exemplo, envolva um julgamento moral.

Informações privadas como essas podem vazar para terceiros. Imagine uma companhia de seguros que consiga os dados sobre a propensão de uma pessoa a ter algo grave que pode incapacitá-lo. Quem vai querer fazer uma apólice para essa pessoa? Ou ainda: que escola receberia tranqüilamente um adolescente que apresentasse um marcador cerebral indicando predisposição para se tornar psicopata? Além disso, há um debate ainda mais complicado: quem deveria ter acesso a essas informações? A família? O paciente? A escola? O empregador?

Envolve um profundo debate filosófico e existencial. Se uma pessoa é alérgica e seu filho herda isso, é bom saber antes para que possa tomar providências. Mas, se descobrimos que o filho tem propensão fortíssima a se tornar um assassino, isso traz questões éticas muito mais graves. Os cientistas têm o dever de investigar a natureza e informar ao público o que está sendo descoberto, mas é a sociedade que deve discutir os limites éticos da questão.

Existe um método seguro para saber se alguém está mentindo? Não. Os métodos funcionam estatisticamente. Isso significa que eles podem indicar corretamente a função cognitiva ou emocional mais esperada em um grupo de pessoas. Mas é uma temeridade considerar que se poderá atingir uma precisão válida para cada pessoa individualmente. Esse é o ponto. Generalizar, quando se trata do cérebro humano, é um risco imenso. Cada indivíduo é diferente do outro.

Mas o fato é que padrões de comportamento já estão sendo alterados. A medicina está deixando de ser curativa para ser cosmética. Isso fez com que o conceito de melhorar o desempenho individual se tornasse aceito pela sociedade. Tome-se o exemplo do Viagra, do Prozac e do Botox, remédios criados com fins terapêuticos para resolver o problema da disfunção erétil, da depressão e das alterações de tônus muscular na face.

E se alguns estudantes decidissem utilizar tais medicamentos para melhorar seu desempenho acadêmico enquanto outros se recusassem a fazer o mesmo? Temos um problema ético sério. É difícil responder a isso com segurança. É o mesmo dilema que a sociedade teria ao decidir se autorizaria jovens normais a fazer uso de uma pílula da memória para disputar uma vaga de trabalho ou na universidade. Disputar com outros que não recorreram ao auxílio químico.

Existe enorme pressão para que se comercializem as neurotecnologias porque elas tendem a dar muito lucro. Empresas querem patentear as técnicas e comercializá-las. Imagine quanto dinheiro se ganharia com a pílula da memória. Em uma conferência recente, em que foi um catálogo com algumas técnicas distribuído a médicos nos Estados Unidos. Era um livro que listava empresas americanas que oferecem seus produtos, desde remédios até chips cerebrais. Eles já estão altamente organizados.

O cérebro produz as capacidades mentais fortemente influenciado pelo ambiente. Então, é ao mesmo tempo causa e conseqüência. Estamos tentando entender melhor não só as doenças mentais, mas as propriedades mentais dos indivíduos normais. Isso é fascinante. Decifrar o mistério do que nos torna humanos é o primeiro passo para impedir que um dia possamos ser desumanizados.

O uso das neuroimagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética funcional e tomografia por emissão de pósitrons), que revolucionaram e impulsionaram as neurociências, possibilita interpretações distintas e nada neutras, transformando um laudo médico em fonte de pesquisa análoga aos prontuários psiquiátricos e processos criminais já utilizados pelos historiadores. Apesar de salientarmos que os resultados das pesquisas em neurociências indicam correlações que, mesmo sendo importantes, não podem afirmar as causas, esses resultados são freqüentemente mostrados como auto-evidentes.

Hoje até mesmo a área de marketing faz uso dessas técnicas para descobrir preferências de carros ou refrigerantes. Imagens são linguagens específicas e a sua interpretação e forma de divulgação denotam um saber estruturado que deve gerar outras interpretações e estruturações. O que não quer dizer que o espectador seja passivo diante do que vê, pois analisa as informações de acordo com as suas vivências e preconceitos.

Nossa cultura (conceito também complexo e não consensual), apesar de sua heterogeneidade, tende à classificação relacionada a uma memória do saber científico-acadêmico, cujo conhecimento construído é constantemente vulgarizado pelas mídias, além de usado politicamente na construção de uma memória oficial. A própria definição de memória, por exemplo, apresenta opções teóricas de campos distintos que são marcadas por "restrições e esquecimentos".

O que é interessante neste assunto é o fato de que um equipamento poder ler a nossa mente e quem pode garantir qual a finalidade será dada a uma tecnologia? seu bom ou mau uso é um dilema tão antigo quanto à própria humanidade.

Como de hábito, as pesquisas na leitura de imagens do cérebro começaram com as melhores intenções. A meta era descobrir qual área cerebral estava lesionada e, se possível, testar alternativas para solucionar ou amenizar o problema. Esse é o caminho trilhado, por exemplo, por pesquisas que buscam devolver movimentos a pessoas paralisadas ou permitir que se escreva num computador a partir de comandos cerebrais. Mas não demorou para outras possibilidades serem vislumbradas por empreendedores atentos.

A norte-americana Cephos Corporation deverá ter dentro de poucos meses um detector de mentiras 90% confiável, assegura seu diretor-executivo, Steven Laken. Segundo ele, o produto teria clientes certos nas comunidades de inteligência. Novidades também foram prometidas para breve em termos de mensurar a compatibilidade de candidatos a sócios, a honestidade de cônjuges ou a escolha de determinada marca de produto por um consumidor. Essa rapidez inquieta Judy Illes, diretora do programa de neuroética da Universidade de Stanford. “Não é tão futurístico imaginar um empregador capaz de testar quem seria um bom integrante de equipe, um líder ou um seguidor”,“O potencial de abuso dessa tecnologia é imenso.”

Como as leis ainda não estão preparadas para as situações abertas pela leitura do cérebro, as dúvidas vão brotando. Em princípio, parece abusivo fixar eletrodos no crânio de alguém contra sua vontade – mas e se um promotor exigir que um acusado passe por um detector de mentiras que use essa tecnologia? Um candidato a um emprego numa empresa importante se recusaria a passar por uma leitura cerebral se ela fosse pré-requisito para o cargo? Pais poderiam fazer testes desse gênero para saber se seus filhos estão envolvidos com drogas?

Já conseguimos fazer computadores controlar seus braços mecânicos usando os impulsos nervosos produzidos pelos neurônios de um macaco. A promessa médica embutida nisso é a de que, um dia, será possível movimentar um membro artificial ou uma cadeira de rodas apenas pela "vontade" do indivíduo. Isso seria uma excelente solução para deficientes físicos. Mas está claro que a possibilidade se abriria também para pessoas normais. Começam aí os problemas. Vamos supor que uma grande empresa adotasse uma política de recrutar apenas operários que concordassem em implantar um chip no cérebro capaz de, por exemplo, comandar robôs submarinos com alta precisão. Apresentam-se 500 candidatos, e quem não quiser implantar o chip está fora. É aceitável exigir dos trabalhadores o risco de se submeterem a uma intervenção cerebral dessa magnitude?

Estamos muito perto de desenvolver medicamentos que possam melhorar a memória. Seria uma maravilha para ajudar a vida de pacientes com Alzheimer. Mas e se alguns estudantes decidissem utilizar tais medicamentos para melhorar seu desempenho acadêmico enquanto outros se recusassem a fazer o mesmo? Temos um problema ético sério. Achamos difícil responder a isso com segurança.


Prof. Ives Alejandro
embuscadamente.blogspot.com

HEMISFÉRIOS DO CÉREBRO HUMANO

O Cérebro Humano é composto de mais de 10 bilhões de componentes individuais (células nervosas), precisa de uma pequena quantidade de oxigênio que está no sangue e um pouco de glicose.

O cérebro humano derrota o computador mais moderno e mais poderoso dos dias de hoje. Ele é capaz de processar 30 bilhões de bits de informação por segundo e compreende o equivalente a 10.000 km de cabos e fios.

Tipicamente o sistema nervoso humano contém em torno de 28 bilhões de neurônios (células nervosas que conduzem impulsos).  Sem os neurônios o nosso sistema nervoso seria incapaz de interpretar a informação que nós recebemos através dos nossos órgãos sensoriais, incapazes de levar isto ao cérebro e do cérebro para o que nós fazemos.

Cada um destes neurônios é um ínfimo computador autônomo capaz de processar um milhão de bits de informação, agem independentemente mas eles também se comunicam com outros neurônios através de uma rede fantástica de 160.000 km de fibras nervosas.

O poder do cérebro para processar informação é simplesmente surpreendente, especialmente quando você considerar que um computador - mesmo o mais veloz - só pode se conectar um por vez.

Por contraste, uma reação em um neurônio pode espalhar-se a centenas de milhares de outros em um intervalo menor do que 20 milisegundos. Para dar uma idéia isto é 10 vezes menor do que o tempo de um piscar de olhos.

Um neurônio é um milhão de vezes menos rápido para enviar um sinal do que uma simples tecla de um computador, mas o cérebro pode reconhecer um rosto familiar em menos de um segundo, um grande feito comparado com a habilidade dos computadores mais poderosos.

O cérebro tem esta velocidade, por que não trabalha passo a passo, mas bilhões de neurônios são ativados ao mesmo tempo.

Os cientistas de computadores já estão fazendo experiências com os chamados computadores neurais.

A chamada ciência da "Inteligência Artificial" vem investigando os processos de cognição do cérebro humano e estão buscando definir o que chamamos de inteligência.

Quando nós fazemos algo pela primeira vez, nós criamos uma conexão física, um fino filamento neural nos permite re-acessar aquela emoção ou comportamento no futuro.
Pense nisso desta forma: cada vez que nós repetimos o comportamento, a conexão se fortalece. Nós adicionamos mais um filamento à nossa conexão neural.

Michael Merzenich da Universidade da Califórnia, São Francisco, provou cientificamente que quanto mais nós favorecemos um certo padrão de
comportamento, mais forte aquele padrão se torna. Ele mapeou áreas
específicas do cérebro de um macaco que eram ativadas quando um certo
dedo das mãos do animal era tocado. Então ele treinou o macaco a usar
este dedo de forma predominante para ganhar a sua comida.

Quando Merzenich re-mapeou as áreas ativadas ao toque do cérebro do
macaco, ele observou que a área correspondente aos sinais do uso
adicional daquele dedo expandiu-se 600 %!

O macaco continuou o comportamento mesmo quando ele não era recompensado porque a avenida neural estava fortemente estabelecida.  Para os seres humanos, uma ilustração poderia ser de uma pessoa que não mais gosta de fumar mas ainda se sente compelida a fazê-lo...

As boas notícias são: as pesquisas também mostraram que quando o macaco parou de usar este dedo, a área no cérebro onde estas conexões neurais foram feitas, começaram a diminuir em tamanho e portanto a associação neurológica se enfraqueceu.

www.ced.ufsc.br

DO CÉREBRO AO CORAÇÃO, O PODER DAS EMOÇÕES


A revista ISTO É publicou em sua edição de 28/03/2008 reportagem de capa sobre a influência das emoções no coração. "Alegria, raiva, tristeza, ansiedade, paixão. A ciência começa a explicar como os sentimentos podem proteger ou piorar a saúde cardíaca." Diz a chamada da matéria. O estudo, coincidentemente, foi realizado, em 2008, no estado da Califórnia, EUA.

Os estudos são direcionados à compreensão de como as emoções afetam, não somente o coração, que funciona como um termômetro de nossas emoções, mas sim, como todas as emoções interferem,  em todos os nossos comportamentos. A revista cita um artigo publicado no jornal do Colégio Americano de Cardiologia – “uma das entidades mais importantes da área - revelando que a exposição crônica à ansiedade e aos outros sentimentos a ela conjugados, como o medo, eleva em 30% a 40% a chance de um indivíduo saudável sofrer um infarto. "O risco que constatamos diz respeito somente à ansiedade. Está além do que poderia ser explicado pela pressão arterial, obesidade, pelo fumo ou outros fatores", explicou à ISTOÉ Biing-Jiun Shen, coordenador do trabalho.”

A matéria cita outros estudos que comprovam o impacto das emoções, principalmente as negativas, como protagonistas e coadjuvantes nos males do coração. Mas enfatiza também os benefícios que as emoções positivas trazem ao coração. Democritus, Hipócrates e Aristóteles descreveram o coração como o centro da alma. Durante muitos anos os antigos sábios gregos, egípcios e da Roma antiga acreditavam ser o coração o centro da vida. De certa forma estavam certos, pois, dos órgãos ele é o que mais se manifesta como uma espécie de termômetro das emoções, refletindo o que se passa no cérebro, que é o órgão que de fato coordena o resto do corpo, incluindo os compassos do coração.

Você pode pensar que a saída é correr para fazer um check-up cardíaco. Sossegue-se. Ele pode ser importante, mas uma boa saída é descobrir como fortalecer o seu coração através do aprendizado comportamental.

As emoções estão relacionadas ao que cada um experimenta em sua mente, em função disso o cérebro age ou reage de maneira a disseminar determinado conjunto de emoções. A capacidade de manter os Estados Emocionais sob controle, de ter uma vida equilibrada mental e emocionalmente é o que assegura uma vida saudável e, consequentemente, um coração forte.

Lucas enviou esta Mensagem

BEBÊS ENTENDEM QUE O MAIS FORTE É QUEM MANDA


Psicólogos da Universidade de Harvard descobriram que crianças menores de um ano têm noção da hierarquia social e entendem que o mais forte é quem manda, segundo artigo publicado na revista "Science", na quinta-feira.

O principal autor do estudo, Lotte Thomsen, professor de psicologia na Universidade de Copenhague, diz que seu trabalho sugere a possibilidade de que os humanos nasçam ou desenvolvam cedo uma certa compreensão da dominação social.

Pesquisa mediu como crianças relacionam tamanho e poder, correlação existente em culturas humanas e no reino animal. Os pesquisadores analisaram como as crianças relacionam o tamanho com o poder, uma correlação onipresente em todas as culturas humanas e também no reino animal.

"Os reis e chefes se sentam tradicionalmente em tronos grandes, elevados, usam coroas elaboradas e roupas que os fazem parecer maiores do que realmente são, e seus subordinados se ajoelham para mostrar respeito para estes seres humanos superiores", lembrou Thomsen.

Os especialistas assinalam que muitos animais, como pássaros e gatos, se incham para parecer fisicamente maiores perante um adversário, e se prostram para demonstrar submissão, da mesma forma que fazem os cachorros.

"Nosso trabalho sugere que, mesmo com a socialização limitada pré-verbal, os bebês humanos podem compreender tais exibições", indicou.

Thomsen e seus colegas de Harvard e da Universidade da Califórnia estudaram reações de crianças entre 8 e 16 meses para ver como elas interagem com personagens animados de diferentes tamanhos.

Os pesquisadores mostraram vídeos aos bebês, no qual apareciam dois blocos de diferentes tamanhos, com olhos e boca, que avançavam em diferentes direções.

Depois os blocos se encontravam no centro da tela e apresentavam duas versões diferentes: uma na qual o grande impede a passagem do pequeno, que cede e dá a volta para passar, e na outra o inverso.

Os cientistas assinalam que as crianças pequenas tendem a prestar mais atenção quando as situações as surpreendem e os psicólogos quiseram confirmar a reação medindo o tempo que prestaram atenção à tela.

"Dado que os bebês não podem ser entrevistados, suas experiências e expectativas devem ser avaliadas pelo comportamento", explica Thomsen.  Em sua teoria, as crianças prestaram mais atenção quando o bloco grande cedeu perante o pequeno, a média foi de 20 segundos, frente aos 12 segundos no caso em que o grande impediu a passagem do pequeno.

Nas últimas décadas, os cientistas aprenderam que a mente infantil cria representações abstratas da física intuitiva, psicologia e matemática. Também ficou demonstrado que os bebês captam aspectos do mundo social, como por exemplo, se outras pessoas ajudam ou são um impedimento para terceiros; representações que, segundo os cientistas, fazem parte do que os bebês necessitam para poder entender a colaboração e a cooperação no mundo.

Jornal Folha de São Paulo

GURUS DA SAÚDE

Nuno Cobra
preparador físico

Durma pelo menos oito horas e tente acordar sem despertador.
"Ele é uma agressão ao organismo".
Alimente-se em pequenas quantidades a cada três horas.
Cheire a comida,  mastigue o mais devagar possível

Exerça alguma atividade física pelo menos três vezes por semana.
Uma hora de caminhada pode ser praticada por qualquer pessoa,
em qualquer lugar, e é suficiente para obter os benefícios do esporte.

Evite ficar nervoso.
Em situações de stress, experimente bocejar e espreguiçar
Dedique pelo menos quinze minutos do dia à meditação.
Escolha um local silencioso,
sente-se numa posição confortável e se esqueça da vida

Tome ao menos dois banhos frios por dia.
Esse hábito é energizante.
Nenhum tratamento irá funcionar
se você não abandonar seus vícios, a começar pelo cigarro

Quando fizer exercícios físicos, concentre-se apenas neles.
Não leia enquanto pedala na bicicleta nem ouça música enquanto corre

Preste atenção ao fluxo de ar que entra e sai de seu pulmão
e procure respirar mais profundamente.
Faça elogios com mais frequencia.
Essa tática funciona como um imã
e faz com que todos queiram estar a seu lado

Alfredo Halpern
endocrinologista

Não se culpe por ser gordo. Procure ajuda e emagreça
Fuja das fórmulas mágicas e das dietas milagrosas.
O que vale é aprender a comer.
Não há alimento proibido.
O segredo é não exagerar em nada
É possível comer bem e ter um peso normal

Obesidade é uma doença e, às vezes, seu tratamento requer a intervenção de medicamentos. Mas lembre-se: eles precisam ser receitados por um médico

Fernanda Lima/Ari Stiel Radu
reumatologistas

Não pratique exercícios em locais expostos à poluição, como avenidas movimentadas. Escolha horários com menos tráfego ou deixe para se
exercitar em casa, numa esteira, por exemploA regularidade traz mais
benefícios à saúde do que a intensidade da atividade física.

Fique atento à postura. Se você não se cuidar, todo o seu esforço com
atividades fisicas poderá ser em vão.Seja paciente com seu corpo, em
um mês, você não vai recupar o atraso de dez anos Evite exercitar-se
em horários de calor excessivo, para não sofrer desidratação

Maurício Hirato
clínico geral

Arrume um espaço na agenda para fazer ginástica, como o horário do almoço.
Coma alimentos saudáveis, se for o caso, leve a comida de casa. Ponha um comedouro para pássaros na janela de sua casa ou apartamento e observe os movimentos dos animais "é excelente para relaxar"

Não perca muito tempo de seu dia no trânsito.
Se você mora longe do trabalho, mude-se para mais perto
Deixe a janela do quarto entreaberta se você tem dificuldade em acordar de
manhã a luz ajuda o cérebro a perceber que já é dia.

Tânia Rodrigues
nutricionista

Acostume-se a beber mais água, deixe uma garrafa de meio litro sobre a
mesa de trabalho e outra dentro do carro.

Inclua pelo menos três frutas na alimentação diária, las garantem quantidades mínimas de vitaminas, fibras e minerais. Não saia de casa sem se alimentar, se
sua refeição for apenas um cafezinho, pelo menos acrescente um pouco de
leite à xícara.

O jantar deve ser a refeição mais leve do dia, se você tem mais fome à noite,
faça um esforço e coma menos nesse horário. O corpo se acostumará e você
terá mais apetite de manhã.

Coma uma pequena porção de algum alimento rico em carboidrato trinta
minutos antes das atividades físicas. Isso vai melhorar seu rendimento .

Hong Jin Pai
acupunturista

Reclamar da vida só causa stress, em vez de resmungar porque faz frio,
vista um agasalho. Passamos a maior parte do dia no trabalho, por isso,
você precisa amar o que faz.

Aproveite o trânsito para escutar alguma música de que goste, estudar
um idioma ou, se não estiver dirigindo, ler.

Seja otimista. Lembre-se de que todas as crises são passageiras.
A terceira idade deve ser a melhor fase da vida, estude, exercite-se e leia.