sexta-feira, 16 de julho de 2010

BUDISMO MANTRA HARE KRISHNA HARE KRISHNA

Estar preso ao mundo material é como viver imerso num profundo sono. Mas para que alguém acorde espiritualmente, não basta qualquer ruído. É preciso um som dotado de poder e sentido. É exatamente essa a importância dos mantras na religião Hare Krishna. Seus adeptos ensinam que os mantras são sons que podem transformar as pessoas e abri-las para uma vida espiritual.

Por conta desse poder, os sons da tradição Hare Krishna são recitados em lugares e circunstâncias específicas, principalmente nos momentos de meditação. Um deles, porém, não obedece a regras rígidas. Pode ser ouvido a qualquer hora, em qualquer local, e é cantado sempre com uma alegria contagiante. Quase um símbolo da religião, esse mantra é, na verdade, um colóquio celestial' "É como o choro genuíno de um filho buscando pela mãe. É um chamado espiritual pelo Senhor e Sua energia", diz Rasananda.

A crença Hare Krishna é baseada nos ensinamentos dos textos sagrados Vedas, como o Hinduísmo. Aliás, foi nessa outra religião, mais antiga, que nasceram os primeiros mantras. Os hindus escreveram milhares deles. Só no Rigveda, uma coletânea de hinos, são encontrados 10.552 mantras. Cada um deles corresponde a um verso ou uma frase do livro. Consistem em expressões sagradas de adoração e louvor aos deuses e, por isso, são recitadas de maneira solene.

Na linha tântrica do Hinduísmo, que envolve a prática individual, tem fundamento místico, os mantras são palavras guardadas com muito cuidado e segredo. Ao iniciar sua jornada espiritual, o discípulo recebe do mestre seu mantra pessoal, que costuma revelar muito sobre sua personalidade. "A tradição diz que o mestre lê no discípulo qual é o mantra dele", diz Carlos Eduardo. A entrega do mantra é marcada por um ritual de iniciação, chamado de Diksha, que abre caminho para a busca da iluminação. "Ao enunciar o mantra, o praticante revela alguma coisa que está dentro dele, descobre algo sobre si. Fazendo isso com perfeição pode se tornar um Siddha, um homem perfeito", conta.

MANTRA SÃO SONS FORMADOS DENTRO DO CORPO DE UM BUDA

 
Dizem os budistas que os verdadeiros mantras são sons formados dentro do corpo de um Buda quando ele está meditando. Budas são seres dotados de qualidades especiais, que superaram todas as falhas e limitações humanas. Possuem, portanto, dons que as pessoas comuns devem desenvolver. É em reverência a essas qualidades que foi criado o mantra Namo Tassa Bhagavato Arahato Sammasambuddhassa. As palavras escritas em pali, um dialeto do sânscrito, revelam que o Buda é um ser perfeito, abençoado e supremamente iluminado. Quando recitadas, têm o poder de relembrar essas virtudes. "Falar dessas virtudes do Buda pode apaziguar os conflitos, acalmar a mente e irradiar um sentimento de tranqüilidade e amor pela verdade e pelas qualidades que ele representa", afirma Arrhur Shaker, antropólogo e diretor da Casa de Dharma Centro Theravada de Meditação Budhista, em São Paulo.

Os mantras budistas são especialmente usados em rituais e na meditação. Em algumas escolas são mais freqüentes, noutras, menos. Para proferi-los, os monges e iniciados costumam sentar na posição de lótus (uma postura meditativa), com a coluna ereta. Pronunciam baixinho as palavras, segurando uma pulseira de contas, chamada mala. A cada mantra proferido, movem uma continha. Assim, a mente pára de pensar, vem o relaxamento e a concentração fica mais fácil.

Os monges da escola budista Kadampa também sugerem que qualquer hora é hora de recitar mantras, essas palaavras sagradas podem operar grandes transformações. O mantra do Buda da Compaixão, ou Avalokitesvara, é usado com esse intuito. Ajuda a purificar a alma. Recitando Om Mani Pame Hum, repetida e suavemente, qualquer pessoa pode irradiar a principal qualidade deste Buda. "Se você começar a repetir o mantra o tempo todo, sua mente será absorvida pela energia dele e você vai gerar paz com mais facilidade", diz a monja Kelsang Palsang, do Centro Budista Mahabodhi, em São Paulo.

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MANTRA TRANSCENDÊNCIA

 

Um som escapa dos lábios. Suave. Baixinho. Segue-se outro. Vibrante. Envolvente. E mais outro. Em pouco tempo, uma seqüência harmoniosa de murmúrios preenche o ambiente. Quem os recita é tomado por uma sensação de paz,  a mente, finalmente em silêncio, pode concentrar-se. Mas, antes de silenciarem, os sons misteriosos ainda têm uma última e importante tarefa. Eles abrem uma porta que pode conduzir o indivíduo à paz interior, ao verdadeiro eu, às virtudes inerentes a todos os seres e, principalmente, a Deus, Buda, Krishna e tantas outras divindades. É assim que agem os mantras.

Repetir continuamente palavras, sílabas ou frases sagradas é uma prática que surgiu há milhares de anos. E nunca mais foi esquecida. Os antigos hindus costumavam recitar os versos de seus livros sagrados, os Vedas, escritos provavelmente antes do ano 1000 a.c. Acreditavam que assim alimentariam seus deuses e evitariam que eles desaparecessem. Depois, passaram a pronunciar os versos com a intenção de pacificar a mente e manter o pensamento focado em certas energias. Logo, essas palavras também se tornaram instrumentos importantes para a prática da meditação. Ganharam, então, o nome de mantras.

O termo vem do sânscrito man, que significa pensar, e tra, instrumento. Os mantras são entendidos, portanto, como um meio de guiar o pensamento. "Ao contrário da linguagem comum, que serve apenas para a comunicação, os mantras contribuem para a formulação de idéias. Criam um estado mental que facilita o pensamento direcionado para uma determinada finalidade", diz Carlos Eduardo Barbosa, professor de Literatura Sânscrita no Instituto Narayana, em São Paulo. Em outro sentido, os mantras também podem libertar a mente e conduzir o pensamento para além do mundo material. "Com o mantra, que é um som espiritual, despertamos, acordamos para a vida espiritual e nos ligamos ao Sagrado", conta Rasananda Swami, líder religioso da Comunidade Hare Krishna de Nova Gokula, em São Paulo.

Ao longo da História, sábios, mestres e homens santos de várias religiões chegaram à mesma conclusão que os hindus. Presentearam, então, os fiéis com palavras e sílabas sagradas, que deveriam ser repetidas em ocasiões especiais. Alguns mantras se transformaram em ferramentas de relaxamento, úteis durante a meditação. Outros começaram a ser utilizados para atrair boas vibrações, bons sentimentos e sabedoria para a vida.

A maioria dos mantras foi mantida na língua original de cada religião. Recitados em sânscrito, chinês, hebraico, aramaico e outros idiomas, podem soar estranhos aos ouvidos desacostumados. Mas todos guardam significados profundos, ora convidando as pessoas a refletir sobre suas palavras, ora envolvendo-as com a energia que emanam. Aos que desejam experimentar o poder desses sons sagrados há apenas uma recomendação: ter fé e devoção. Regras simples para quem pretende, entre outras coisas, atravessar as tais portas que levem ao desenvolvimento espiritual e experimentar a transcendência.

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MANTRA NA FORMAÇÃO DO UNIVERSO

 


 
Já sabemos a importância das vibrações ou sons na formação do universo. Certos sons produzem diferentes conjuntos de vibrações no éter. Alguns destes, de freqüências baixas produzem reações e formam partículas de matéria, dando origem a formação de elementos. Como o microcosmo é a representação do macrocosmo, desvendando-se os segredos do micro pode-se conhecer os do macro.

Se nós fecharmos nossos olhos e tentarmos concentrar-nos ao nosso redor, o que sentimos? Todo tipo de poluição sonora. Dirigimos-nos a um local ermo, tranqüilo. Suponhamos no mato, lá também nós ouvimos o canto dos passarinhos, das cascatas, a dança das folhas das árvores ao ritmo do vento, etc. Parece quase impossível escapar do som externo.

Mas, fechando-nos num quarto a prova de som, e continuando a nossa experiência, depois de certa concentração, poderemos ouvir gradualmente a nossa respiração, o som do sangue fluindo nas veias, nas artérias, e o som do sistema nervoso.

Milhares de anos atrás os sábios e os yogis meditavam nas cavernas onde reinava o silencio absoluto. Retrairam suas mentes dos sons do corpo físico, focalizando-as nos centros de energia sutil, que chamamos de sete chakras. Estes sábios ouviram 50 diferentes vibrações dos 7 chakras e traduziram-nas através das cordas vocais, em 50 letras, dando origem ao alfabeto da língua Sânscrito.

O som de cada letra tem certa energia que ajuda controlar a performance [rendimento e atividade] dos determinados centros energéticos chamados de Chakras.  Cada uma destas 50 letras do alfabeto representa um

Rudra
 aspecto masculino da transmutação ou transformação

Shaktirúp
 aspecto feminino da transmutação ou transformação

Vishnu
 aspecto masculino da proteção e preservação

Shakti
aspecto feminino da proteção e preservação

Rishi
nome do sábio que está associado a letra e suas qualidades

Chanda
contexto musical que o alfabeto representa

Bija
como a semente de manga, contém uma árvore de manga,
assim, as letras contêm em si a entidade que representam,
como a letra "ga" é semente do Ganesh ou Ganpati

Para manter o nosso corpo físico dependemos basicamente dos cinco elementos, mas para os outros revestimentos, que nos colocam em posição diferenciada aos outros reinos [animais e vegetais], nós precisamos de energias mais sutis que provem do cosmo. Estas energias estão sempre a nossa disposição mas o seu proveito depende da capacidade de nossa antena, sintonização e processamento. Os centros de controle e processamento que estão no nosso corpo sutil são chamados de Chakras.

Cada aspecto ou manifestação do brahman seja grosseira ou sutil, física ou abstrata tem a sua própria vibração. Os rishis personificaram estas vibrações em deuses e deusas. Por ex.: Brahma, Vishnu, Shiva, Fogo, Terra, Ar, Água, Ganapati, Kártikeya, Laxmí, Kalí, Durgá etc., e combinaram as letras produzindo palavras que têm poder de invocar estas entidades, e estão em total harmonia com a energia que a entidade correspondente representa.  Este conjunto de palavras chama-se MANTRA.

A emissão do som pelo homem tem quatro estágios – para, pashyanti, madhyama e vaikhari. Nos primeiros três estágios o som não é audível e o processo começa no primeiro chakra – básico. No terceiro estágio o som chega ao quarto chakra – coração, aonde o som está quase formado e no último estágio, o som é ouvido através do Quinto chakra – Laríngeo.

Na Índia o Jaimuni foi primeiro a anunciar que o som é eterno e é a matriz da toda criação. O som no estado latente já existiu antes da vibração. Assim, não existe vácuo no universo tudo esta preenchido por este som estático. As propriedades do som mudam conforme a freqüência, amplitude, entonação, volume, harmonia, pronuncia, ritmo etc. A energia do som deve ser organizada e canalizada para produzir certos resultados e isto é feito através dos mantras.

Os mantras são baseados na combinação certa de letras e quando cantados de maneira especifica produzem certos efeitos no nosso organismo, não só no plano físico, mas também no plano mental e espiritual. As letras do mantra são representações das seqüências definidas do som que, para produzir o efeito desejado, devem ser pronunciadas corretamente e seguindo as regras da música – o sur [escala] e ritmo.

Ao pronunciar os mantras, certas vibrações sonoras são geradas e com a prática contínua criam o poder de trazer as energias da respectiva divindade dentro da pessoa. Quando a divindade é realizada ou é atingido o domínio sobre o mantra, o praticante recebe o poder que supostamente reside na divindade.

Para cada mantra existe um rishi (Criador) e um Deus (Entidade). A palavra mantra significa: fórmula sagrada. Literalmente Man em sânscrito quer dizer mente (o revestimento da mente), em sentido amplo Tra significa disciplinar, então, mantra seria disciplinar a mente.

Os mantras ligam de maneira muito especial, os aspectos subjetivo e objetivo da realidade. Segue um exemplo para ilustrar esta função:  o rei insiste com o ministro chefe, que é avançado espiritualmente e recita mantras, para ensinar a ele o seu mantra. O ministro hesita e nega, mas o rei insiste. O ministro ordena ao guarda-costas a prender o rei. Depois de várias tentativas, sem resultado, o rei se aborrece e ordena prender o ministro. No momento seguinte, o ministro preso dá risada e explica ao rei que nos dois casos, a ordem era a mesma e quem recebeu também mas, somente em um caso, foi cumprida. Em relação ao mantra, o resultado depende do preparo espiritual de quem o recita.

As palavras e sílabas não têm só o som, mas também têm significados que não são tão aparentes para os que ouvem só o som. As palavras dos mantras recitadas corretamente tornam-se entidades vivas e transcendem o plano mental quando é compreendida a mensagem e a vibração delas. 

Certos sons, quando articulados produzem efeitos no Akasha, que por sua vez colocam a fonte em comunicação com planos superiores. Quanto maior a articulação, melhor será a qualidade da comunicação. A natureza deste efeito pode ser não explicada pelo atual conhecimento da física mas existe uma relação entre o som e seu efeito no Akasha. Estes sons são conhecidos como as letras do alfabeto sânscrito e os mantras são compostos por estas letras. Como representam diferentes aspectos da energia cósmica, não são destituídos de poder, por isso antes de invocar uma força particular deve-se compreender muito bem a natureza desta força.