domingo, 15 de agosto de 2010

JONATHAN LEE QUER IR A COREIA DO NORTE PROPOR A “FLORESTA DA PAZ”

Um americano de 13 anos planeja visitar a Coreia do Norte esta semana e, talvez, encontrar-se com o líder Kim Jong-il para propor a ideia de uma "floresta da paz para crianças" na zona desmilitarizada.

Jonathan Lee, que nasceu na Coreia do Sul e vive em Mississipi (EUA), deve viajar de Pequim (China) para Pyongyang (Coreia do Norte) na quinta-feira com seus pais, disse a família. Eles disseram que as autoridades norte-coreanas em Pequim lhes deram os vistos na noite desta quarta-feira.

Jonathan disse que espera se encontrar com autoridades norte-coreanas e propor uma floresta da paz para crianças, "uma na qual árvores de frutas e castanhas seriam plantadas e onde crianças possam brincar".

A zona desmilitarizada da Coreia, que tem separado o norte do sul há mais de meio século, é um dos lugares do mundo com mais forte segurança. Soldados prontos para o combate fazem guarda dos dois lados, e o território é cheio de minas terrestres e cercado com arame farpado.

"Nós sabemos, parece loucura", disse a mãe de Lee, Melissa. "Quando ele disse pela primeira vez 'Acho que precisamos ir à Coreia do Norte', eu olhei para o meu marido e disse: 'O que?' Foi uma ideia radical."

A ideia surpreendeu o pai de Jonathan, Hyoung Lee, que nasceu e foi criado na Coreia do Sul e agora vive com a família nos EUA. "Quando estava crescendo, sempre me ensinaram, não fale com ou não se associe com nenhuma pessoa da Coreia do Norte. Então, esse é um choque para mim que meu filho queira ir lá", disse ele.

Os EUA não têm relações diplomáticas com a Coreia do Norte. Junto com a comunidade internacional, impôs duras sanções econômicas ao país devido ao seu programa de armas nucleares. Em menos de um ano, a Coreia do Norte deteve quatro americanos por entrarem ilegalmente no país, e um ainda está preso no país.

O Departamento de Estado americano alerta, em seu website, que estrangeiros visitando a Coreia do Norte podem ser presos ou expulsos por se envolverem em atividades religiosas ou políticas não permitidas e por viagem não autorizada ou interação com pessoas do local.

A proposta de Jonathan vem num momento de fortes tensões na península coreana. O afundamento de um navio de guerra sul-coreana em março foi atribuído a um ataque do norte, e testes militares foram feitos recentemente entre a Coreia do Sul e os EUA em resposta. Pyongyang nega ter atacado o navio do sul.

A família Lee disse hoje que se inscreveram para a ir à Coreia do Norte como uma "delegação especial" e que o embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas em Nova York deu permissão para a visita.

"É supostamente seguro, mas estou um pouco nervoso. É um país comunista", disse Jonathan. "Eu assisti a vários documentários. Deve ser bem limpo e tal."

A mãe dele disse que a família contatou a embaixada americana em Seul. Um porta-voz da embaixada, Aaron Tarver, disse por email estar checando o assunto com a embaixada.

Notícias da agência de notícias sul-coreana Yonhap falam que Jonathan se encontrou com o ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung há três anos, e sugeriu plantar castanheiras na península coreana, e que eles se reencontraram no ano passado.

Em uma carta que Jonathan espera entregar a Kim Jong-il, ele escreveu que Kim Dae-jung conversou com ele sobre sua "política de luz do sol" de coexistência pacífica com o norte.

Jornal Folha de São Paulo

CIRCUITOS DO CÉREBRO TÊM ORGANIZAÇÃO PARECIDA COM A INTERNET


Em vez de uma organização hierárquica, como se acreditava,
o cérebro parece se organizar de forma distribuída,
como os computadores que formam a internet

Rede cerebral
Neurocientistas da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o cérebro é formado por circuitos interconectados em uma rede parecida com a internet.

A descoberta questiona uma hipótese longamente sustentada, de que haveria uma organização hierárquica no cérebro, onde áreas acessórias alimentariam as áreas "mais importantes", como a responsável pelo pensamento consciente.

Poucas regiões foram mapeadas em tão grande detalhe quanto o cérebro, tanto de animais quanto do próprio cérebro humano.

Apesar de todo esse conhecimento, contudo, o fato é que até hoje os cientistas não sabem como todas as partes falam umas com as outras.

"Nós começamos em um ponto e seguimos pelas conexões. Isto nos levou a uma série muito complexa de loops e circuitos. Não é um organograma. Não há nenhuma parte superior ou inferior lá," conta Larry W. Swanson, que desenvolveu a pesquisa juntamente com seu colega Richard H. Thompson.

Conectoma
Devido à complexidade da tarefa, o estudo agora realizado baseou-se em uma pequena área do cérebro de um rato, relacionado com o prazer obtido com a comida.

Mas os resultados representam um grande passo rumo a um melhor entendimento das conexões cerebrais - o chamado conectoma.

A maioria dos estudos anteriores que tentaram rastrear sinais pelo cérebro usaram apenas um sinal, em uma direção, em um único ponto.

"[Nós] podemos olhar para até quatro links em um circuito, no mesmo animal, ao mesmo tempo. Essa foi a nossa inovação técnica," explica o pesquisador, que acredita que o modelo da internet poderia explicar a capacidade que o cérebro tem para se recuperar de danos locais.

Embora o estudo não seja definitivo, os cientistas agora têm um modelo alternativo para pensar como o cérebro funciona. Site Inovação Tecnológica