quinta-feira, 1 de julho de 2010

GENGIS KHAN ESTRATÉGIA

As conquistas do soberano universal. Mestre Guerreiro, Gengis Khan dominou um quarto da população do planeta. Seu maior trunfo foi saber administrar um império.

Em 1215 um mongol, montado em seu corcel peludo, media com o olhar as paredes da fortaleza que defendia Pequim.

Aos olhos dos defensores da então capital do império dos Ch'in, estava para ser iniciada mais uma batalha na qual eles seriam dominados e massacrados por um dos mais impiedosos senhores da guerra de todos os tempos: Gengis Khan, o Soberano Universal, que dominou um território de cinco milhões de quilômetros quadrados, o maior já conquistado sob a liderança de um mesmo homem - da costa do Pacífico até as estepes da Rússia todos eram súditos do poderoso Khan.

Aos olhos modernos, no entanto, estava para ser iniciada mais uma etapa de uma das atividades econômicas mais rentáveis, e também mais arriscadas, do milênio, a guerra de conquista.

Gengis Khan não era apenas um mestre na arte da guerra. Mais do que saquear e subjugar outros povos, ele adotou sofisticadas técnicas gerenciais que permitiram que suas conquistas gerassem lucros e riqueza para sua dinastia por várias gerações.

Diferentemente das hordas de bárbaros, que deixavam rastros de destruição, por onde passou Khan implantou um modelo de integração e administração dos países conquistados.

Mesmo atacando com ímpeto - estupros, execuções e saques eram a praxe no exército mongol -, o Soberano Universal tinha um acurado senso de organização.

Depois que submetia uma cidade ou império, reorganizava a administração local contratando "executivos" entre os cidadãos locais.

Assim, a paz e a prosperidade sempre vinham após as guerras. Os melhores guerreiros entre os derrotados também ganhavam lugar remunerado no profissional exército do Khan, que funcionava nos moldes de uma empresa moderna.

Cada grupamento possuía um grupo de administradores e todos os seus integrantes recebiam bonificações por performance nos campos de batalha.

A estratégia incentivou os executivos do Khan a modernizar a gestão de seus negócios. Vários deles investiram em novas tecnologias, que mais tarde foram copiadas ao redor do planeta.

Os mongóis desenvolveram armas mais eficientes e, principalmente, inovaram no uso de cavalos como equipamento militar.

Exímios cavaleiros, os guerreiros do Khan tinham nas batalhas uma mobilidade surpreendente e fatal para os inimigos. Outra inovação foi o uso da propaganda de guerra.

Depois que ganhou fama internacional como implacável conquistador, o Soberano Universal passou a anunciar suas próximas ofensivas, aterrorizando os povos que estavam na sua mira - que, em muitos casos, preferiam render-se sem resistência, poupando vidas e recursos ao exército mongol.

A lição foi seguida à risca por seu neto e sucessor, Kublai Khan, que completou a conquista da China e, em 1271, transferiu a sede do império para Pequim.

De lá, comandou cerca de um quarto da população mundial da época, incentivando a agricultura e os negócios comerciais.

Ao invés de impor sua cultura, deu liberdade de religião e pensamento aos povos que dominou, mantendo, por exemplo, milenares instituições chinesas e encorajando o desenvolvimento das artes. Em troca, recebeu os frutos da prosperidade que plantou. E atiçou a curiosidade de aventureiros como Marco Pólo, que cruzou o mundo para conhecer o esplendor de sua corte. http://www.administradores.com.br/

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