domingo, 6 de fevereiro de 2011

MENSTRUAÇÃO AMPLIA O PODER PSÍQUICO


As mulheres tendem a ver a menstruação como algo desagradável. Considerando-se o lado eliminativo, o mênstruo em si até pode ser visto assim, mas não propriamente a menstruação; ela é altamente desejável por ser o principal meio de limpeza do organismo. O lixo de uma casa pode ser imundo, mas não se pode considerar com tal o processo de limpeza. Por isso é preciso que a mulher compreenda o sentido oculto da menstruação. De inicio, ela tem que eliminar muitos preconceitos e vê-la como uma coisa boa, desejável, e até mesmo uma benção por lhe conferir superioridade em relação ao homem, e não um processo sujo, nojento, desagradável.

No sentido da reprodução ela é o meio de preparação, a limpeza do “templo” de onde surgira vida manifesta, um processo imprescindível para que a vida continue.  A menstruação, refletem um processo que deve ser sagrado por condicionar vida biológica.

Após a menstruação o poder psíquico da mulher amplia muito. Após a menstruação o organismo está limpo de muitos expurgos energéticos, assim ele está apto para receber muitos registros. Muitos objetivos visados podem ser trabalhados logo no período pós-mentrual, quando o organismo está mais limpo, mais apto a receber registros. Nunca maldiga, portanto, o momento em que estiver menstruada, nunca mais reclame, ao fazer isso se perde uma quantidade enorme de poder. Faça da menstruação um tempo de celebração como mulher.

Nas culturas nativas a menstruação era reconhecida como um “Momento de Poder”, , então era abençoada. Hoje é grande o número de mulheres que sofrem de TPM – Tensão pré-menstrual. Sempre que a pessoa amaldiçoa uma determinada parte do corpo ou função natural ela não pode esperar outra coisa senão desequilíbrio. Nas culturas em que a menstruação era sagrada, e mesmo aceita como algo natural, não existia TPM.

Em muitas culturas havia os Ritos de Passagem, aqueles que marcavam as mudanças biológicas inerentes à idade, entre eles o que marca a passagem da criança à puberdade. E um momento sagrado porque a menina se transforma em mulher. Naquelas culturas era muito importante fazer a menina entender que havia se tornado mulher, o significado dessa mudança e passar a conhecer os deveres que desde então terá de cumprir, e também problemas inerentes à fecundação em período de vida impróprio.

Naqueles rituais nativos era mostrado haver chegado um momento muito importante, havia uma mudança bem significativa, ela já poderia gerar filhos, como a Mãe Terra gera um imenso manancial de coisas.

Em decorrência da Menstruação obedecer às fases lunares e ocorrer nela sangramento, e mais ainda diante do poder que a menstruação confere à mulher então isso contribuiu muito para que o sangue fosse relacionado com a Lua. Para os nativos americanos é dito que a mulher menstruada “está de Lua”. Segundo muitas sociedades são reconhecidas que é no período menstrual que a mulher atinge o seu mais elevado poder espiritual, É o período mais apropriado para o descanso e recolhimento, e para acumular sabedoria.

Em todas as sociedades primitivas, em todas as culturas xamânicas determinados momentos da vida de seus membros são assinaladas por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação, e quando relacionados com a idade eram chamados de ritos de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representava igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido tendo, portanto, tanto cunho individual quando coletivo. Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral, quando recebia um nome, previamente escolhido. Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia especial. Para as mulheres, isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação, indicando que, entrando no período de vida fértil ela estava apta para o casamento. Para os rapazes, essa cerimônia geralmente se dava no momento em que ele abatia sua primeira caça.

Os Ritos de Passagem são muito importantes nas tradições antigas, e ainda preservados entre os nativos de muitos paises. Dos 13 aos 14 anos, o menino deixa de ser criança e vira homem, especialmente por ser nessa idade que ele abate sua primeira caça junto com os adultos. Nessa fase é assinalada por um ritual para o novo guerreiro.

A importância energética da menstruação já era conhecida no Antigo Egito e consta de um papiro datando de 1500 a.C. Também muitos registros existem na história antiga da Grécia, e Índia.

Foi Aristóteles quem afirmou ser a menstruação um sinal de inferioridade feminina diante do masculino; o inverso do que diziam as culturas americanas primitivas que acreditavam que as mulheres nesse período estão em estado especial de poder e por isso eram dispensadas de qualquer atividade. Muitos a deixava afastada de muitas atividades por se tratar de um período de limpeza, quando estava eliminando energia espúria, exercendo um importantíssimo papel não somente em sua saúde quando nos demais. O homem não menstrua, portanto ele não dispõe da porta de eliminação menstrual que a mulher tem.

Por não menstruar, o homem geralmente está “intoxicado” pela energia espúria retida, a qual ele descarrega na mulher durante o coito. Ele atua como injetor, descarregando nela espúria que ela posteriormente eliminara na menstruação.

A menstruação não deve ser vista como a via Aristóteles; mas sim como o fazem muitas tradições que têm rica simbologia, que apontavam para a mística da menstruação que girava em torno desse fenômeno energético-biológico, o que ressalta a valorização da mulher e não a sua inferioridade.

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