terça-feira, 7 de setembro de 2010

NOSSO CORPO PRODUZ LUZ

Nesta ilustração, pode-se verificar que o corpo humano, especialmente
o rosto, emite luz visível em pequenas quantidades que variam durante
o dia.

O corpo humano literalmente brilha, emitindo uma luz em quantidades
e níveis muito pequenos que aumentam e diminuem no decorrer do dia,
afirmam cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão em artigo
publicado esta semana na revista científica Plos One.

Pesquisas já haviam demonstrado que o organismo emite luz visível,
mil vezes menos intensa do que podemos perceber a olho nu.

Na realidade, praticamente todos os seres vivos emitem uma luz muito
fraca, o que se acredita ser um subproduto de reações bioquímicas
envolvendo os radicais livres. 

Esta luz visível difere da radiação infravermelha - uma forma de luz
invisível - que vem o calor do corpo.

Para saber mais sobre essa fraca emissão de luz visível, os cientistas
japoneses trabalharam com câmeras extraordinariamente sensíveis,
capazes de detectar um único fóton.

Cinco voluntários sadios do sexo masculinos foram colocados em
frente das câmeras em quartos em completa escuridão com seus peitos
nus.

A exposição foi realizada de três em três horas durante 20 minutos - das
10 às 22 horas - por três dias. Os cientistas descobriram que a luz emitida
pelos corpos aumentou e diminuiu ao longo do dia, com a intensidade
mais fraca às 10 horas e mais alta às 16 horas, caindo progressivamente
depois desse horário.

Estas descobertas sugerem que as emissões de luz estão ligadas ao
nosso relógio biológico, provavelmente devido à forma como os nossos
ritmos metabólicos flutuam ao longo do dia.

Outro fato descoberto no estudo é que o nosso rosto brilha mais do que
o resto do corpo. Segundo os pesquisadores, isto pode acontecer
porque o rosto normalmente é mais bronzeado - que o restante do corpo -
pois é mais exposto à luz solar.

A melanina, pigmento da pele, tem componentes fluorescentes
que poderiam reforçar essa produção de luz.

O pesquisador Hitoshi Okamura, biólogo da Universidade de Kyoto,
afirma que uma vez que a produção desta fraca luz está ligada ao
metabolismo do organismo, este estudo indica que câmeras que
detectam essas emissões poderiam ajudar a detectar condições
médicas.

"Se você puder ver essa trêmula luminosidade da superfície do corpo,
você poderá ver toda a condição corporal",  disse o pesquisador
Masaki Kobayashi, biomédico do Instituto de Tecnologia em Sendai,
no Japão, que também participou do estudo.

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