Cientistas acreditam ter documentado pelo menos dois mecanismos adicionais com pretensão de explicar os efeitos placebo e nocebo (o placebo negativo).
Segundo Karin Jensen, do Hospital Geral de Massachusetts, o inconsciente desempenha um papel importante para explicar o efeito real no organismo de se tomar um composto não ativo.
"Uma pessoa pode ter uma resposta placebo ou nocebo mesmo se não estiver ciente de qualquer sugestão de melhoria ou expectativa de que irá piorar," diz a pesquisadora.
"Neste estudo, nós usamos um novo tipo de experimento e descobrimos que os efeitos placebo e nocebo se baseiam em mecanismos cerebrais que não dependem da consciência cognitiva," completou.
Estudos de neuroimagens do cérebro sugerem que determinadas estruturas, como o estriado e a amígdala, podem processar os estímulos de entrada antes que eles atinjam a consciência, e, como resultado, podem mediar efeitos não conscientes sobre a cognição e comportamento humano.
No experimento, Jensen e seus colegas nada falaram sobre o placebo ou o medicamento, mas acompanharam a terapia de imagens que sugeriam pouca dor ou muita dor.
Ao avaliarem a própria dor depois de receberem uma dose controlada de calor sobre a pele, os voluntários mostraram uma forte correlação entre seu relato de dor e a imagem que haviam visto.
O resultado foi o mesmo para um experimento simulando o efeito nocebo.
Peter Trimmer, da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha) fez um experimento diferente, usando o hamster siberiano, um roedor que possui uma resposta imunológica a infecções maior no verão e menor no inverno.
Nos experimentos, os corpos dos roedores não combatiam as infecções tão bem quando as luzes de suas gaiolas simulavam o inverno.
Segundo o pesquisador, isso indica que o organismo decide não investir tanta energia no combate à infecção quando há sinais no ambiente de que a situação não é tão grave - o placebo, neste caso, era a iluminação simulando o inverno.
Assim, Trimmer credita o efeito placebo a uma luta evolucionária pela sobrevivência.
Durante muito tempo que se acreditou que as respostas ao placebo estivessem relacionadas a crenças ou pensamentos conscientes.
Assim, quando recebe uma pílula ou terapia inerte, o paciente melhora porque tem a expectativa de que vai melhorar, ou, no caso do efeito nocebo, piora porque prevê que vai piorar.
Contudo, uma pesquisa recente mostrou que os placebos funcionam mesmo quando o paciente sabe que a pílula é inerte.
Assim, longe de oferecerem uma resposta definitiva ao assunto - se é que existe uma resposta única para o efeito placebo - os dois estudos publicados nesta semana apenas vêm somar novas teorias com baixo poder explicativo.
Redação do Diário da Saúde
Segundo Karin Jensen, do Hospital Geral de Massachusetts, o inconsciente desempenha um papel importante para explicar o efeito real no organismo de se tomar um composto não ativo.
"Uma pessoa pode ter uma resposta placebo ou nocebo mesmo se não estiver ciente de qualquer sugestão de melhoria ou expectativa de que irá piorar," diz a pesquisadora.
"Neste estudo, nós usamos um novo tipo de experimento e descobrimos que os efeitos placebo e nocebo se baseiam em mecanismos cerebrais que não dependem da consciência cognitiva," completou.
Estudos de neuroimagens do cérebro sugerem que determinadas estruturas, como o estriado e a amígdala, podem processar os estímulos de entrada antes que eles atinjam a consciência, e, como resultado, podem mediar efeitos não conscientes sobre a cognição e comportamento humano.
No experimento, Jensen e seus colegas nada falaram sobre o placebo ou o medicamento, mas acompanharam a terapia de imagens que sugeriam pouca dor ou muita dor.
Ao avaliarem a própria dor depois de receberem uma dose controlada de calor sobre a pele, os voluntários mostraram uma forte correlação entre seu relato de dor e a imagem que haviam visto.
O resultado foi o mesmo para um experimento simulando o efeito nocebo.
Peter Trimmer, da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha) fez um experimento diferente, usando o hamster siberiano, um roedor que possui uma resposta imunológica a infecções maior no verão e menor no inverno.
Nos experimentos, os corpos dos roedores não combatiam as infecções tão bem quando as luzes de suas gaiolas simulavam o inverno.
Segundo o pesquisador, isso indica que o organismo decide não investir tanta energia no combate à infecção quando há sinais no ambiente de que a situação não é tão grave - o placebo, neste caso, era a iluminação simulando o inverno.
Assim, Trimmer credita o efeito placebo a uma luta evolucionária pela sobrevivência.
Durante muito tempo que se acreditou que as respostas ao placebo estivessem relacionadas a crenças ou pensamentos conscientes.
Assim, quando recebe uma pílula ou terapia inerte, o paciente melhora porque tem a expectativa de que vai melhorar, ou, no caso do efeito nocebo, piora porque prevê que vai piorar.
Contudo, uma pesquisa recente mostrou que os placebos funcionam mesmo quando o paciente sabe que a pílula é inerte.
Assim, longe de oferecerem uma resposta definitiva ao assunto - se é que existe uma resposta única para o efeito placebo - os dois estudos publicados nesta semana apenas vêm somar novas teorias com baixo poder explicativo.
Redação do Diário da Saúde
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