Nós sempre tomamos as melhores decisões quando dedicamos mais tempo para pensar a respeito do assunto?
Ou há decisões em que mais tempo para pensar não ajuda em nada?
Uma série crescente de estudos científicos está ajudando a fundamentar a intuição como um sentido real do ser humano, que, entre outras funções, desempenha um papel cognitivo preciso.
Agora, um estudo liderado por Zachary Mainen, da Fundação Champalimaud, publicado na revista científica Neuron, foi buscar mais detalhes sobre a intuição sem deixar que fatores subjetivos dos voluntários envolvidos interferissem na avaliação da intuição.
Para isso, eles usaram animais nos experimentos.
Quando ratos de laboratório foram postos frente a frente com uma série de problemas de decisão envolvidos com a percepção, seu desempenho foi melhor quando eles decidiram rapidamente do que quando levaram muito mais tempo para responder.
Decisão em um piscar de olhos
Apesar de serem encorajados a ficarem calmos e fazer mais tentativas para vencer os desafios, os animais alcançaram o seu desempenho máximo em decisões tomadas em menos de 300 milissegundos, o que é tipicamente menos do que um piscar de olhos, que varia entre 300 e 750 milissegundos.
"Existem muitos tipos de decisões e, para algumas, ter mais tempo parece não ser de nenhuma ajuda. Nesses casos, é melhor você se basear em sua intuição, e foi isso que nossos participantes fizeram," explica Mainen.
Segundo ele, o estudo sugere que ratos podem ser utilizados como modelo animal para investigar o que está acontecendo no cérebro humano quando decisões intuitivas estão sendo tomadas.
"O processo de tomada de decisão não é um processo bem compreendido, mas parece ser surpreendentemente similar entre as espécies. Este estudo fornece uma base para começar a desmontar um tipo de decisão e ver como ela realmente funciona," acrescenta o pesquisador.
Redação do Diário da Saúde
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