A luz forte tarde da noite atrapalha os ritmos circadianos - o relógio biológico do corpo - além do efeito mais óbvio de atrapalhar o sono logo a seguir.
Esses efeitos são significativos o bastante para atuar no cérebro, afetando o nosso comportamento.
Em decorrência desses efeitos, um novo estudo alerta fortemente sobre a exposição à luz não natural, que pode resultar em alterações do humor e da capacidade cognitiva.
Gânglios retinais "Basicamente, o que nós descobrimos é que a exposição crônica à luz eleva os níveis de determinados hormônios do estresse no corpo, o que resulta em depressão, e baixa a função cognitiva," diz o Dr. Samer Hattar, da Universidade Johns Hopkins (EUA).
O mecanismo de atuação da luz artificial passa por células especiais do olho, chamadas gânglios retinais intrinsecamente fotossensitivos, que, ativados pela luz, afetam o centro cerebral responsável pelo humor, pela memória e pelo aprendizado.
Os resultados sugerem que as pessoas devem estão se precaver da exposição prolongada e regular à luz forte à noite, devido a todos os potenciais efeitos.
Só o necessário para ver "Eu não estou dizendo que as pessoas devam ficar no escuro completo à noite, mas eu recomendo ligar poucas lâmpadas e usar luzes menos intensas," diz o pesquisador.
"Basicamente, use somente o que você necessita para enxergar. Isso não será suficiente para ativar essas células que afetam o humor," concluiu.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature.
Redação do Diário da Saúde
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